Manaus – AM: Uma operação programada para ser deflagrada no dia 18 de janeiro deste ano pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), setor que atua junto o Ministério Público do Amazonas (MPAM), que investiga o prefeito de Manaus Arthur Neto (PSDB) e a primeira-dama do município Elisabeth Valeiko, foi misteriosamente brecada.
Segundo fontes ouvidas pelo Corredores do Poder, em breve deve haver diligências sobre as investigações que detém farto material que indicam suposta lavagem de dinheiro usando duas casas lotéricas na capital amazonense.
O montante, ainda segundo fonte da polícia, que tem acesso as investigações, chega a ser de R$ 50 mil dólares semanais. As investigações também apontam envolvimento do secretário de meio ambiente do município Antônio Nelson.
Conforme informações da fonte, o grande alvo das investigações é a suposta fraude nas licitações de obras dos complexos viários Ministro Roberto Campos na Constantino Nery, zona Centro-Sul e Professora Isabel Victória na entrada do Manoa, zona Norte de Manaus. Há também indícios de que possam ser incluídos as novas obras de reformas de terminais de transporte público e de estações de ônibus.
Ainda segundo informações, o dinheiro desviado seria lavado em casas lotéricas de laranjas pertencentes a primeira-dama Elisabeth Valeiko. Umas das pessoas responsáveis pelos procedimentos ilícitos é uma mulher identificada como Eliana, ou “Eliana de tal…” como chamou a fonte, dando a entender que tem mais informações sobre ela.
A fonte também revelou que as investigações só não foram para a fase de diligências e operações por conta do misterioso afastamento do promotor do MPAM, Dr. Cláudio Tanajura, que atuou na Operação Patrinus que levou o prefeito de Coari, Adail Pinheiro à prisão, e do titular da DRCO delegado Sinval Barroso, levantando a suspeita de movimentação política nas investigações. A todo momento a fonte reforçou que as investigações tem conteúdos fortes como imagens, gravações e outra série de evidências que podem levar a prisão dos envolvidos.
Em contato com a Secretaria de Comunicação do Município (Semcom), a coluna foi informada que a administração municipal desconhece qualquer ato ilícito que possa ser imputado-lhe, e que, caso haja alguma diligência sobre o assunto, estará disponível para auxiliar os órgãos de controle.
O Corredores do Poder tentou contato com a delegada geral Dra. Emília Ferraz para saber sobre a motivação do afastamento do delegado da DRCO, mas não obteve êxito. Contudo o espaço continua aberto.
A assessoria do MPAM informou que não pode dar declarações sobre investigações em curso ou sobre investigados, e que o GAECO é um setor independente que responde por suas ações. Ninguém no GAECO foi encontrado para prestar esclarecimentos.