Teerã – Em um avanço dramático no crescente conflito do Oriente Médio, a mídia estatal iraniana divulgou neste sábado (14) que o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (CGRI) abateu dez aeronaves militares israelenses, destruiu instalações críticas de abastecimento e ainda barrou a entrada de um destróier britânico no Golfo Pérsico. A ação ocorre durante a quarta noite consecutiva de ataques entre Irã e Israel, intensificando a tensão internacional e aproximando o cenário de uma guerra em larga escala.
Segundo relatos do comandante da Base de Defesa Aérea Khatam Al-Anbiya, as aeronaves israelenses foram atingidas em operações não detalhadas, conforme entrevista à agência estatal Mehr News. Até o momento, o Exército de Israel não comentou sobre as alegações da derrubada de seus caças.
Além disso, o Brigadeiro-General Ali Mohammad Naeini, porta-voz do CGRI, afirmou à Press TV que as forças iranianas bombardearam centros de produção de combustível para caças e atingiram linhas de fornecimento de energia em território israelense, utilizando uma combinação de mísseis balísticos e drones explosivos.
Embate naval no Mar de Omã
Paralelamente, a mídia iraniana revelou que drones de combate da Marinha do Irã interceptaram um destróier britânico no Mar de Omã. A embarcação, segundo a inteligência iraniana, tinha como missão auxiliar o guia de mísseis israelenses com destino ao território iraniano. Após receber múltiplos alertas de combate, o navio teria alterado sua rota, desistindo de ingressar no Golfo Pérsico. O Ministério da Defesa do Reino Unido não se manifestou sobre o incidente.

Mortes e destruição aumentam
Enquanto isso, os ataques do Irã ao território israelense continuam devastadores. Durante a madrugada de domingo (15), mísseis atingiram áreas civis e edifícios residenciais, inclusive no norte de Israel — região até então poupada da ofensiva. De acordo com serviços de emergência israelenses, ao menos 10 pessoas morreram, elevando o número total de mortos para 13, e mais de 390 ficaram feridas desde o início da retaliação iraniana.
Em contrapartida, Israel lançou novos bombardeios sobre Teerã, mirando um depósito de combustível no norte da capital iraniana. Até o momento, as autoridades do Irã não divulgaram números atualizados de mortos em seu território. No entanto, o embaixador iraniano na ONU afirmou que a primeira onda de ataques israelenses, na sexta-feira (13), deixou 78 mortos e 320 feridos.
Tensão global em alerta máximo
O cenário geopolítico se complica com a crescente participação indireta de potências ocidentais, como o Reino Unido e os Estados Unidos, que já foram acusados por Teerã de apoio logístico a Israel. A comunidade internacional acompanha com preocupação o rápido agravamento da crise, que ameaça envolver novas forças militares e expandir o conflito para além das fronteiras do Oriente Médio.