Jair Bolsonaro exonera Gustavo Bebianno

De acordo com o porta-voz, o motivo da decisão de Bolsonaro é “de foro íntimo”. No lugar de Bebianno fica o general Floriano Peixoto Neto. (Foto: Fátima Meira/Futura Press)

O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, anunciou no início da noite desta segunda-feira, 18, a exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno.

De acordo com o porta-voz, o motivo da decisão de Bolsonaro é “de foro íntimo”. No lugar de Bebianno fica o general  Floriano Peixoto Neto.

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“O excelentíssimo senhor presidente da República Jair Messias Bolsonaro decidiu exonerar nesta data, do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o senhor Gustavo Bebianno Rocha. O senhor presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso em sua nova caminhada”, indicou Rêgo Barros.

“De hoje não passa”, disse Mourão

No início desta segunda-feira, 18, o vice-presidente Hamilton Mourão adiantou o que aconteceria, dizendo que “de hoje, não passa” a exoneração do ministro.

Entenda

A crise entre os membros do PSL aconteceu depois da divulgação de uma reportagem da Folha de S. Paulo que aponta que o grupo do presidente do PSL, Luciano Bivar, criou uma candidatura ‘laranja’ que recebeu R$ 400 mil de dinheiro público para as eleições. O dinheiro para a candidata, uma senhora de 68 anos que só teve 274 votos, teria sido liberado por Bebianno quatro dias antes das eleições.

Na época, o hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência chefiava a legenda e atuava como coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PSL).

Ele teria liberado ainda R$ 250 mil de verba pública para a campanha de uma ex-assessora, que repassou parte do dinheiro para uma gráfica registrada em endereço de fachada —sem maquinário para impressões em massa.

A candidatura laranja virou alvo da Polícia Federal, da Procuradoria e da Polícia Civil do estado.

O então ministro negou que estaria protagonizando uma crise no governo Bolsonaro e afirmou que chegou a trocar mensagens com o presidente sobre o caso. Na quarta-feira, 14, o filho de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, afirmou que o Bebianno estava mentindo. ““Ontem estive 24h do dia ao lado do meu pai e afirmo: ‘É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano [sic] que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo Antagonista’”, disse.