Por JG
O parlamento municipal de Manaus vive uma tragédia no campo acadêmico e um espetáculo de picuinhas baratas e desnecessárias entre os chamados “representantes do povo”.
O início desse cenário lamentável foi marcado pela eleição para a presidência da Augusta Casa. O atual presidente, vereador David Reis, é alvo de diversas suspeitas — desde delitos administrativos, passando por corrupção, até favorecimento em licitações a amigos. Tudo isso sob o silêncio do Ministério Público, talvez explicado pelo fato de que o filho da procuradora-geral de Justiça, Leda Mara, ocupa justamente o cargo de procurador-geral da Câmara Municipal de Manaus.
Recentemente, o pedido de impeachment do prefeito David Almeida expôs mais um capítulo dessa tragicomédia política. A iniciativa, encabeçada pelo vereador Rodrigo Guedes, é um absurdo jurídico. Sua real intenção parece ser desgastar a gestão municipal e “lacrar” nas redes sociais, mirando os likes de internautas desavisados, e não o cumprimento da lei.
O cenário se agrava com o inusitado: partidos da extrema-direita e da extrema-esquerda, antagônicos por essência, unem-se na CMM em uma aliança sem propósito claro, a não ser tumultuar. A única convergência entre ambos é abusar da paciência de seus próprios eleitores — fanáticos pelo caos.
Pobre Manaus. Seus representantes precisam, urgentemente, de uma profunda reflexão. O povo manauara merece mais do que esse espetáculo de vaidades e interesses pessoais.