Judiciário é acionado para barrar Copa America no Brasil; STF convoca sessão para esta quinta

Copa América está prevista para iniciar no próximo domingo (13); STF pode barrar a competição

Buscando encaminhar sua classificação para mais uma Copa do Mundo, a seleção brasileira enfrenta nesta terça-feira (8), o Paraguai, fora de casa. A equipe de Tite está longe de ser pauta prioritária nos bastidores da CBF nesses últimos dias. Além do afastamento do presidente Rogério Cabloco, confirmado na tarde do último domingo (6), o assunto Copa América voltou à tona no final da tarde desta sexta-feira (8).

Isso porque a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, solicitou para quinta-feira (10), uma sessão extraordinária para tratar com urgência e decidir a respeito da realização ou não da Copa América no Brasil. A informação é da equipe de reportagem do Uol Esporte. 

Segundo a reportagem, a audiência faz parte de uma ação impetrada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o deputado federal Júlio César Delgado. Vale lembrar que a palavra final e que pode derrubar a pauta é de Luiz Fux, presidente do STF.

De acordo com o documento despachado pela ministra, caso a pauta não saia da agenda, os ministros terão que analisar em 24h como proceder com o torneio. No documento, Carmen Lúcia afirmou que sessão extraordinária se deve pela “excepcional urgência e relevância do caso e da necessidade de sua célere conclusão, já que a competição terá seu início no próximo domingo (13)”. 

Muitos constestam a decisão do presidente Jair Bolsonaro em trazer a competição dessa magnitude para o Brasil em um dos piores momentos da pandemia no país. Vale lembrar que Colômbia e Argentina, que passam pela mesma situação, desistiram de sediar o torneio e por isso, o debate, na opinião dos ministros, especialmente Carmen Lúcia, é válido. Os advogados das partes, o PSB e a presidência da República, representada pela Advocacia Geral da União (AGU), estão autorizados a fazer sustentações orais nesta quarta-feira (9) para que depois os ministros apresentem seus votos.

“Trata-se de verdadeiro contrassenso sediar um vento desta magnitude num momento tão delicado, como se não bastassem as dificuldades atuais que já são enfrentadas”. O deputado considera que “o país enfrenta falta de vacina, insuficiência de leitos, órgãos estatais trabalhando com eficiência reduzida, bem como a necessidade de destinar recursos para o enfrentamento da crise“, além de apontar os riscos de entrada de uma nova variante do coronavírus no país”, afirmou Júlio Delgado, que também é autor de outra ação na Justiça do Distrito Federal.