Procuradoria pede indenização bilionária e afastamento de ex-presidente americano e seus filhos da direção de quaisquer empresas
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, favorito à Casa Branca em 2024, cometeu fraude ao inflar o valor de seus imóveis e ativos financeiros, decidiu um juiz de Nova York, Arthur Engoron, nesta terça-feira (26). Trump pretende apelar da decisão, disse seu advogado, Christopher M. Kise.
O representante de defesa chamou de “ultrajante” e “completamente desconectada dos fatos e da lei que rege”. Ele disse que o juiz ignorou uma decisão anterior do tribunal de apelações e “princípios jurídicos, contábeis e comerciais básicos”.
A decisão do magistrado representa uma vitória à procuradora-geral Letitia James, que protocolou processo civil contra Trump e seus dois filhos mais velhos, Donald Trump Jr. e Eric Trump, em 2020, em que os acusa de apresentar números “gravemente inflados” a bancos e seguradoras para obter empréstimos e cobertura de seguro.
James argumentou que Trump inflou o valor de suas propriedades e patrimônios líquidos em até 2,2 bilhões de dólares (R$ 11,1 bilhões). Ela pede uma multa de 250 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais), além da proibição, tanto para o ex-presidente quanto para seus filhos Donald Trump Jr. e Eric Trump, de dirigir quaisquer empresas.
A procuradora-geral disse que os ativos cujos valores foram inflacionados incluem a propriedade de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, seu apartamento de cobertura na Trump Tower, em Manhattan, e vários edifícios de escritórios e campos de golfe.
Engoron entendeu que as demonstrações financeiras anuais que Trump apresentou aos bancos e companhias de seguros “contêm claramente avaliações fraudulentas que os réus usaram nos negócios”. O grupo atua nos setores imobiliário residencial, hoteleiro e de campos de golfe.
