A Justiça Federal decidiu condenar quatro réus da operação “Maus Caminhos”, ação que identificou desvios de mais de R$ 100 milhões na saúde do Amazonas por uma organização criminosa. Juntas, as penas dos réus ultrapassam 40 anos.
Todos poderão recorrer à sentença em liberdade.
Mouhamad Moustafá, considerado o líder da quadrilha, foi condenado a 15 anos e quatro meses em regime fechado.
Mouhamad é acusado de ter constituído, financiado, promovido e integrado a ORCRIM. Ele escolhia as empresas que fariam parte do esquema criminoso e usava de influência junto ao Governo do Amazonas para obter benefícios ilícitos. O órgão ministerial ainda acusa o réu de usar valores obtidos ilicitamente para adquirir bens de luxo e investir em artistas através da empresa Audiomix.
Jennifer Nayara Yochabel Rufino Corrêa da Silva foi condenada a três anos 10 meses de prisão. A ré é acusada de contratar o pessoal e fornecedores do INC, tendo participação destacada nos delitos supostamente praticados através da ORCRIM.
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Priscila Marcolino Coutinho foi condenada a 12 anos e oito meses em regime fechado. Ela é apontada na denúncia como a pessoa de confiança de Mouhamad e responsável pelo fluxo de dinheiro e pagamentos do ‘núcleo financeiro’.
Já Alessandro Viriato Pacheco foi condenado a 4 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele fazia parte do terceiro núcleo, composto pelos sócios das empresas que forneciam serviços e produtos ao INC
A decisão foi assinada pela juíza Ana Paula Serizawa e é da última quarta-feira (9).