Polícia Técnico-Científica trabalhou na análise do documento desde a madrugada deste sábado (5/9) e comprovou que documento é falso
Uma análise da Polícia Técnico-Científica de São Paulo comprovou que o atestado médico apresentado por Pablo Marçal (PRTB) que indicava que Guilherme Boulos (PSol) teria usado cocaína é falso. Os peritos trabalharam desde a madrugada deste sábado (5/10) na avaliação do documento que foi postado pelo influenciador nas suas redes na última sexta-feira (4/10).
As autoridades policiais comunicaram o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas sobre o resultado e a instituição deve revelar em breve publicamente a falsidade do atestado.
“É FALSA a imagem da assinatura em nome do médico ‘JOSÉ ROBERTO DE SOUZA’, lançada no receituário objeto de exame, descrito no capítulo ‘Peça de Exame’, posto que tal assinatura não apresenta as mesmas características gráficas dos exemplares observados nos documentos descritos no capítulo ‘Padrões de Confronto’”, afirmam os peritos Nicia Harumi Koga, Marina MIlanello do Amaral Pais e Raphael Parisotto”, diz o documento do Instituto de Criminalística.
A perícia respondeu a três quesitos propostos pelo delegado Emiliano da Silva Chaves Neto, do 89º Distrito Policial. Quais as características dos documentos submetidos a exame? As assinaturas dos documentos examinados podem ser confrontadas? Em caso positivo, se trata da assinatura feita pela mesma pessoa?
Os peritos apontaram divergências entre a assinatura verdadeira do médico e aquela que consta do laudo falso divulgado por Marçal.
“Quanto à qualidade de traçado, a principal divergência reside na velocidade de execução da assinatura questionada, cujo desenvolvimento é mais lento que o modelo oferecido”, afirmam
“No que diz respeito aos elementos genéricos a dissociação incide, notadamente, no grau de habilidade gráfica, na inclinação da escrita, no andamento gráfico, nos valores angulares e curvilíneos”, dizem os peritos.
“Relativamente à gênese gráfica as divergências da firma questionada com a assinatura-padrão forçosamente subsistem, em destaque nos ataques, desenvolvimentos e remates”, finalizam os responsáveis pelo laudo do IC.