A presença do comandante do Exército, Paulo Sergio Nogueira, foi alvo de controvérsia na força
A maioria dos generais do Alto Comando do Exército avaliou, durante reunião ao longo do dia, que a data do desfile militar na Esplanada não foi oportuna e que acabou gerando uma exposição desnecessária das Forças Armadas, embora também tenha avaliado não ser possível relacionar o evento a alguma ruptura institucional.
A presença do comandante do Exército, Paulo Sergio Nogueira, foi alvo de controvérsia na força. Em um primeiro momento, não estava prevista a ida dele e o Exército tentou se desvencilhar do ato e atribuir a sua realização exclusivamente a Marinha. Mas depois houve um convite para que ele participasse da reunião ministerial no Palácio do Planalto que ocorreu na sequência do desfile. A avaliação foi a de que a despeito do constrangimento, não haveria motivos para não ir.
No Ministério da Defesa, apesar das críticas e das divergências nas tropas, a avaliação foi de que o desfile foi muito positivo, pois era uma atividade que já estava prevista e foi executada.
Desde a manhã de segunda-feira, quando a Marinha anunciou o desfile, houve divergências dentro das forças sobre o evento. Exército e Aeronáutica atribuíram sua realização exclusivamente a Marinha. O principal motivo é que, apesar de a operação Formosa ser realizada há 33 anos, nunca houve um desfile na Esplanada. Ainda mais na sequência da semana de uma grave crise institucional.