Médico Mouhamad Moustafá é solto após pagar fiança

(Foto: Reinaldo Okita)

O médico Mouhamad Moustafá, suposto chefe de uma organização criminosa que desviou R$ 110 milhões da saúde do Amazonas, foi posto em liberdade na tarde desta quarta-feira (30). Ele e advogada, Priscila Marcolino Coutinho, também presa durante a Operação Maus Caminhos, pagaram fiança e serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas.

Os dois estiveram na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), onde colocaram os equipamentos de rastreamento e depois foram colocados em liberdade, que só foi possível após o ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduzir as fianças iniciais, estipuladas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em até 94{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}.

Inicialmente, o médico teria que pagar um total de 500 salários mínimos (R$ 468.500) e a advogada 300 salários (R$ 281.100). Após a redução, Mouhamad e Priscila pagaram R$ 28.110 cada. Para garantir a redução, o advogado de defesa dos dois, Ravik Bello Ribeiro, alegou que os bens de Mouhamad e de Priscila estavam bloqueados pela Justiça e eles não tinham condições de efetuar os pagamentos. “Uma obstrução clara do direito a liberdade”. Ravik recorreu ao STJ e conseguiu reduzir as fianças.

Livres, os dois podem voltar a exercer as suas profissões, entretanto, eles precisam cumprir o recolhimento noturno de 18h às 6h. Entretanto, ambos estão proibidos de deixar o país. Os passaportes deles foram retidos e entregues a Justiça.