‘Não temos bandido de estimação de distintivo, farda ou paletó’, diz Witzel

Rio – O governador Wilson Witzel (PSC) comentou os acontecimentos que envolveram a Polícia Militar nesta sexta-feira.

Para o governador, as denúncias de corrupção envolvendo os presos não têm “relação direta” com todo o trabalho da corporação.
“Os fatos aos quais eles são investigados não têm relação com o trabalho direto da polícia. Eles estavam praticando crime contra empresas, lojas, comércio e a inteligência da polícia tem como objetivo investigar questões envolvendo a mancha criminal, e também investiga fatos envolvendo a corrupção policial”, Witzel avaliou, durante inauguração da base do programa Barra Presente.
Os cinco PMs presos na operação desta sexta eram todos do setor de inteligência da corporação. Horas depois das prisões, que foram feitas pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), o chefe da Subsecretaria de Inteligência da PM, o coronel Rubens Castro Peixoto Júnior, foi exonerado do cargo.
“Nessa operação, a Polícia Civil fez o seu trabalho. Nós não temos bandido de estimação, seja ele de distintivo, farda ou paletó e gravata”, o governador defendeu.
EXONERAÇÃO DE CORONEL
Witzel deixou claro que a decisão de exonerar o coronel Rubens Castro, que estava na função desde julho deste ano, não foi dele. O governador disse que foi avisado pelo secretário da Polícia Militar, o coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, sobre a saída do subsecretário.
O coronel Murilo Cesar de Miranda Angelloti, que atualmente é o Comandante de Policiamento Especializado (CPE), foi anunciado para o lugar de Rubens Castro.
“A exoneração do coronel é um gesto da Polícia Militar até para dar tranquilidade de quem está investigando de que não vai haver interferência nenhuma”, reforçou. “Esse novo que assume, assume já com essa missão de fazer uma depuração completa no sistema e ter mais rigor na escolha daqueles que vão trabalhar na área de inteligência”.