Nova conversa vazada entre Moro e Deltan cita ministro do STF

Um novo trecho das conversas vazadas entre Sergio Moro e Deltan Dellagnol  foi divulgado na noite desta quarta-feira (12). Nele, o ministro e o da procurador da Lava Jato comentam sobre o envolvimento do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

A parte foi divulgada na rádio Band News pelo editor-executivo do The Intercept Brasil, Leandro Demori, e data de 22 de abril de 2016. Nela, Moro e Deltan falam sobre um embate do então juiz com o ministro Teori Savascki, e que Fux estava do lado deles.

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Moro e procurador da Lava Jato têm mensagens vazadas

Confira na íntegra:

13:04:13 Deltan – Caros, conversei com o FUX mais uma vez, hoje.

13:04:13 Deltan – Reservado, é claro: O Min Fux disse quase espontaneamente que Teori fez queda de Braço com Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo. Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me para ir à casa dele rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei da importância de nos protegermos como instituições.

13:04:13 Deltan – Em especial no novo governo.

13:06:55 – Excelente. In Fux we trust.

13:13:48 Deltan – Kkk.

Rádio BandNews FM

@radiobandnewsfm

EXCLUSIVO: O editor-executivo do Intercept Brasil, @demori, revela uma nova conversa envolvendo @SF_Moro e o procurador da @deltanmd. Pela primeira vez o nome de um ministro do @STF_oficial é citado: Luiz Fux. Na mensagem, Moro diz: “In Fux we trust”.

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Ainda que o contexto da conversa não seja clara, foi Fux que, em 2018, que caçou a liminar que permitia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, de conceder entrevistas.

O vazamento das conversas ente Moro e Dallagnol

As mensagens trocadas pelo Sergio Moro e Deltan Dallagnol, atual coordenador da força-tarefa, indicam que o ministro, na época juiz federal, conduziu as investigações da Lava Jato

Moro sugeriu trocas de fases da Lava Jato e deu dicas informais a Dallagnol por mensagens do aplicativo Telegram. Os arquivos trazem históricos entre 2015 e 2017.

A Constituição de 1988 estipula que o juiz não pode ter vínculos com as partes do processo judicial. Com a parte acusadora, neste caso o MP, não deve haver troca de informações ou atuação fora das audiências.