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sábado, setembro 7, 2024

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O ex-comandante do Exército afirma que não ficou de fora e colaborou contra o golpe

Quando soube das intenções do ex-presidente Jair Bolsonaro de promover um golpe de Estado no Brasil, o general e ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes informou seus amigos que não se omitiu.

Freire Gomes afirma que colaborou com seus colegas do generalato do Exército para impedir um golpe.

O general disse aos interlocutores que trabalhar com o Alto Comando era mais eficaz do que relatar as intenções do então presidente da República ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O então presidente Bolsonaro apresentou a minuta do golpe aos chefes das Forças Armadas durante uma reunião no início de dezembro de 2022, conforme revelado pelo tenente-coronel Mauro Cid.

O então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, respondeu que seus homens estavam prontos para aderir an um chamamento, mas Freire Gomes recusou aderir ao plano golpista, de acordo com a delação premiada do ex-ajudante de ordens da Presidência.

Aos amigos, Freire Gomes afirmou que se o então chefe do Executivo fosse denunciado ao STF, isso simplesmente causaria uma crise institucional no país, com a possibilidade de resultar em uma ruptura, o que Bolsonaro pretendia.

Uma pessoa que era amiga de Freire Gomes diz: “A quem o comandante poderia fazer uma denúncia contra o então presidente?” só ao Tribunal Supremo. Seria uma solução ou criaria mais problemas?

Em seu depoimento, o ex-comandante do Exército deve sustentar que ele não foi omisso ou prevaricou. Usando seu cargo, junto com seus colegas do generalato, lutou objetivamente contra o golpe.

O general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente da chapa de Bolsonaro, teria ficado furioso contra o então comandante do Exército como resultado dessa ação.

Ao escrever a um militar amigo, Braga Netto propôs que “a cabeça” de Freire Gomes fosse entregue aos leões. O fracasso dos bolsonaristas foi atribuído à sua “omissão e indecisão, que não cabem a um combatente”, chamando o general de “Cagão”.

A favor de Freire Gomes, o comandante do Exército atual pode ser chamado como testemunha. Em entrevista ao jornal O Globo, o general Tomas Paiva afirmou que Freire Gomes, enquanto era comandante do Exército, não tinha outra opção.

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