Operação da PF mira governador do Acre, no Amazonas

Gladson Cameli e Jair Bolsonaro

 

O governador do Acre – Gladson Cameli é alvo da 3º fase da Operação Ptolomeu da Polícia Federal  contra lavagem de dinheiro e corrupção. Agentes foram às ruas para cumprir 85 mandados de busca e apreensão no Acre, Amazonas, Goiás, Piauí, Paraná, em Rondônia e Distrito Federal.

As investigações apuram supostas irregularidades envolvendo o governo do Acre. Segundo a TV Globo, Cameli não é alvo direto das buscas, mas deve ter bens bloqueados e ser obrigado pela Justiça a entregar o passaporte nas próximas 24 horas. O governador já havia sido alvo da primeira fase da operação, em dezembro de 2021. Ele se elegeu governador do Acre em 2018 e foi reconduzido ao segundo mandato.

Na primeira etapa da ofensiva, a corporação apreendeu mais de R$ 3 milhões em veículos, relógios, joias, celulares e dinheiro vivo. Na ocasião, o apartamento de Cameli foi alvo de buscas. À época, ele afirmou que tinha a consciência “tranquila” e que a polícia estava cumprindo seu papel de apurar denúncias. “Quem não deve, não teme. Não devo, não temo e quero que fique até o final, se tiver coisa errada vai para a rua [o servidor] e tem que prestar contas à sociedade, porque é dinheiro público”, acrescentou o governador.

A investigação tramita no Superior Tribunal de Justiça e constitui desdobramento das fases I e II, quando foi identificada a existência de uma organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano, que atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos, através da lavagem de capitais, segundo a PF. O STJ determinou o bloqueio de R$ 120 milhões em bens dos investigados.