Operação Indecoris: prende sargento Marcel e o soldado Santiago da PM-AM, por sequestro e extorsão em Manaus

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BP –    “O policial militar, o policial civil e o agente de segurança pública são remunerados para proteger a população, não para cometer outros delitos”, afirmou o Coronel Marcus Vinícius, Secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), durante a apresentação dos resultados da Operação Indecoris.

A operação resultou na detenção de dois PMs, soldado Santigo e o sargento Marcel e mais três indivíduos, investigados por envolvimento em extorsão por meio de sequestro e tortura de um homem no bairro Colônia Santo Antônio, na zona norte da capital.

Conforme relatado pelo delegado Danniel Antony, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em 31 de março deste ano, um homem de 43 anos foi sequestrado por um grupo criminoso ao deixar sua residência. Por meio de ameaças e torturas.

“Eles identificaram esse alvo, planejaram a situação toda com uma noite de antecedência. Foram no dia seguinte ao local onde a vítima estaria. Renderam ela, extraíram ela de dentro do carro, colocaram ela em outro veículo. Enquanto um assumia a direção do veículo da vítima, o outro atuava pela equipe deles, dando segurança e guarida na retaguarda. Passam a extorqui-la e a agredi-la. Conseguem extorquir o valor de cinco mil reais”, explicou Antony.

A partir da prisão do primeiro envolvido no sequestro, a equipe de investigação identificou outros suspeitos, dentre eles um policial militar.

“Nós conseguimos identificar a pessoa que estava conduzindo um veículo que foi utilizado ali na captura e rendição da vítima. Prendemos essa pessoa em flagrante e a partir dali dar, no desdobramento da investigação nós conseguimos prender, além do motorista que atuou na condução do veículo e na locação do carro, conseguimos prender também o policial militar que estava envolvido”, salientou o delegado.

Seis suspeitos foram identificados e cinco deles foram presos durante a Operação Indecoris. Kaike Gomes da Silva, o “FH”, 26, está foragido. Os policiais militares envolvidos no crime estão a disposição do Poder Judiciário e um Procedimento Administrativo (PA) foi aberto para verificar a expulsão ou não dos agentes da corporação.