Palocci é apontado como intermediário de propina em esquema de Belo Monte

O ex-ministro Antonio Palocci, ex-integrante do PT, foi apontado pelos procuradores da Lava Jato como intermediário do governo em relação aos repasses de propina obtidos por contratos da construção da usina de Belo Monte.

Palocci teria negociado a repartição dos desvios 

“O governo federal, ao convidar empresas para participar do empreendimento, solicitou, por intermédio de Antonio Palocci, proprina para o PT e para o MDB”, disse o procurador Athayde Ribeiro Costa em coletiva de imprensa nesta 6ª feira (9.mar.2018).

Segundo os investigadores, 1{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} dos contratos com as empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli. Os valores eram divididos entre Delfim Netto (10{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}), PT (45{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) e MDB (45{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}).

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O ex-ministro teria atuado junto com o ex-ministro Delfim Netto e o empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula e já investigado na Lava Jato, com o consórcio de empresas. Não foram encontrados repasses a Bumlai.

Delfim Netto foi o principal alvo da 49ª fase da operação. Houve busca e apreensão na casa dele e foram bloqueados cerca de R$ 4 milhões de suas contas.

O total desviado seria de R$ 15 milhões

O também ex-ministro Antonio Palocci é citado. Teria ajudado a intermediar propinas correspondentes a 1{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} dos contratos com as empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli. Os valores eram divididos entre Delfim Netto (10{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}), PT (45{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) e MDB (45{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}).

Os repasses seriam feitos a Delfim por meio de contratos de consultoria fictícios, segundo os procuradores. Em nota, o ex-ministro disse que os serviços foram prestados.

O advogado de Palocci, Alessandro Silvério, afirmou que “aguardará a postura do MPF (Ministério Público Federal” para se manifestar, caso necessário, nos autos de 1 eventual processo criminal, comportamento esse que tem sido adotado desde a primeira ação penal proposta contra o seu constituinte.”