Brasília – O Facebook perdeu a preferência entre jovens, sendo ultrapassado por YouTube, Instagram e Snapchat.
A conclusão é de uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Centro de Pesquisas em Internet e Sociedade Pew Research Center, grupo de investigação sediado nos Estados Unidos e famoso internacionalmente.
O levantamento ouviu 743 adolescentes entre 13 e 17 aos e mais de mil pais norte-americanos entre março de abril. Os dados são uma indicação mas não refletem a situação de outros países do mundo, muitos com índices de acesso à internet e a redes sociais diferentes dos EUA.
De acordo com o estudo, o YouTube é a plataforma mais popular, usada por 85{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} dos entrevistados. Em seguida, estão Instagram (72{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}), Snapchat (69{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}), Facebook (51{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) e Twitter (32{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}). Entre aqueles que usam frequentemente, o Snapchat assume a liderança (35{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}), seguido pelo YouTube (32{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}), Instagram (15{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) e Facebook (10{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}).
Na edição anterior da pesquisa, realizada em 2015, o Facebook foi a plataforma preferida dos adolescentes, sendo acessada por 71{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} dos entrevistados. Na sequência, Instagram (52{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}), Snapchat (41{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) e Twitter (32{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}). Nessa rodada, o YouTube não era considerado nas entrevistas com meninos e meninas.
No recorte por renda, o Facebook ganha popularidade entre os menos abastados. Do total de entrevistados, o Facebook faz parte do dia a dia de 70{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} daqueles com renda anual por lar abaixo de US$ 30 mil. Entre aqueles com receita total da família acima de US$ 75 mil, o índice cai para 36{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}.
Na distribuição por gênero, o Snapchat foi mais popular entre meninas (42{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) do que entre meninos (29{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}). Já o YouTube teve mais registros entre rapazes (39{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) do que moças (25{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}).
Efeito das redes sociais
Quanto ao efeito das redes sociais, a divisão é equilibrada. Dos participantes do levantamento, 31{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} as classificaram como positiva, 24{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} como negativa e 45{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} tiveram uma postura mais neutra, comentando que não veem impactos predominantes, benéficos ou prejudiciais.
Entre os que avaliam positivamente a presença das redes sociais, a maior contribuição seria viabilizar a conexão com amigos e com membros da família (40{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}), seguida pela facilidade na busca de informações (16{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) e a interação com pessoas com interesses semelhantes (15{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}).
‘Cometemos erros’, admite Zuckerberg após escândalo do Facebook
Os mais pessimistas sobre essas plataformas indicam como principais problemas o bullying e a difusão de rumores (27{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}), relacionamentos prejudiciais e a falta de contato humano (17{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) e a produção não realista de imagem das pessoas sobre suas vidas (15{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}).
Conexão constante
O levantamento também procurou entender os hábitos online dos adolescentes. Entre os entrevistados, 95{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} disseram possuir um smartphone e quase metade (45{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c}) afirmou estar conectado praticamente durante todo o tempo.