PF cumpre mandados de prisão em operação contra desvio milionário de recursos públicos na Bahia

Segunda fase da Operação Overlean acontece na manhã desta segunda-feira (23), em Salvador, na sede da Prefeitura de Lauro de Freitas, na RMS, e em Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.

Quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos na segunda fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (23), em Salvador, na sede da Prefeitura de Lauro de Freitas, na RMS, e em Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.

Entre os presos, estão Vidigal Cafezeiro (Republicanos), vice-prefeito de Lauro de Freitas, Lucas Moreira Martins Dias, secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, Carlos André de Brito Coelho, servidor da Secretária de Educação de Salvador, e o policial federal Rogério Magno Almeida Medeiros. Além disso, houve o afastamento de outra servidora da Prefeitura de Vitória da Conquista.

A produção da TV Bahia entrou em contato com a Prefeitura de Lauro de Freitas e aguarda retorno.

De acordo com informações apuradas pela TV Bahia, a ação acontece com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Os mandados de busca e apreensão cumpridos foram cumpridos nesta segunda-feira na sede da gestão municipal, além de residências no bairro de Vilas do Atlântico e no condomínio de luxo Alphaville I, localizado na Avenida Paralela, em Salvador.

No total, dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital baiana, Lauro de Freitas, Vitória da Conquista e Brasília, no Distrito Federal.

Primeira fase da Operação Overclean

Quinze pessoas foram presas na primeira fase da Operação Overclean, deflagrada no dia 10 de dezembro. A ação faz parte de uma força-tarefa da Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e a Controladoria-Geral da União.

A organização criminosa é suspeita de ter movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.

Segundo a Receita Federal, a organização criminosa usava um esquema estruturado para direcionar recursos públicos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.

O desvio ocorria por meio de contratos superfaturados firmados com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.