PF descobre ‘sócio oculto’ milionário da empresa que aplicou golpe do empréstimo consignado

Farley Felipe de Araújo da Silva um dos acusados e está foragido

Segundo a PF, foram cumpridas duas ordens judiciais de busca e apreensão na capital do Amazonas, além da indisponibilidade de bens dos investigados e do sequestro de dois veículos de luxo estimados em R$ 900 mil

Policiais federais realizaram na manhã desta sexta-feira (21) a segunda fase da Operação Fair Play, apreendendo bens de um “sócio oculto” da Lotus Corporate, empresa que cometeu crimes contra Sistema Financeiro Nacional e a economia popular em Manaus, no Amazonas, e em outros três Estados da Federação. Mais de dois mil funcionários públicos foram induzidos a utilizar seus limites de crédito consignado, repassando a maior parte do dinheiro emprestado à organização criminosa, e agora devem fortunas aos bancos, num golpe que teria rendido mais de R$ 156 milhões aos criminosos.

Jorge Luiz Guimarães de Araujo Dias, sócio de Farley Felipe de Araújo da Silva

Segundo a PF, foram cumpridas duas ordens judiciais de busca e apreensão na capital do Amazonas, além da indisponibilidade de bens dos investigados e do sequestro de dois veículos de luxo estimados em R$ 900 mil. A operação foi cumprida no condomínio de luxo Rennascence, na zona Centro-Sul de Manaus, o que assustou moradores.

Empresário e com participação em 7 empresas, sendo elas localizadas no Rio de Janeiro e no Amazonas Farley Felipe de Araújo da Silva, está sendo investigado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) pelo crime de estelionato.

Após a realização da 1ª fase da operação, no último dia 14, foi possível identificar que os líderes da organização se utilizavam de uma empresa de fachada, com o fim específico de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro resultantes do esquema financeiro. Para tanto, os investigados contaram com a participação de indivíduo apontado como sócio oculto dessa empresa que, embora sem atividade efetiva, possui vasto patrimônio, em especial, veículos de luxo até então não identificados.

De maneira semelhante, foi descoberto que, às vésperas da deflagração da 1ª fase da operação, houve o saque de mais de meio milhão de reais por parte de funcionário da empresa, possivelmente com o objetivo de retirar de circulação valores provenientes do esquema financeiro investigado.