O jornalista Phelippe Daou fez fortuna com as benesses do poder público. A Rede Amazônica de rádio e televisão foi formada por permissões e concessões outorgadas gratuitamente durante o regime militar, que tinha o empresário como aliado.
Depois que o Governo Federal passou a distribuir canais de rádio e TV por meio de licitações e com outorgas pagas, Phelippe Daou – acostumado a ganhar as coisas na moleza, nunca mais conseguiu nada. Participou de várias licitações e perdeu todas. Inclusive para mim.
As sedes das geradoras e retransmissoras espalhadas por toda a Amazônia, com raríssimas exceções, foram construídas em terras públicas.
A maioria dos profissionais que trabalham nessas retransmissoras são pagos pelas prefeituras municipais.
Em Manaus, Phelippe Daou reside numa gigantesca área de terra com aproximadamente 150 mil metros quadrados remanescentes do Condomínio Monte Líbano, que ele mesmo loteou e vendeu, na área nobre do Aleixo. Para aprovar o projeto do Monte Líbano, Phelippe Daou deveria reservar dez por cento do terreno para área verde. Até hoje os moradores do Condomínio ainda não sabem onde fica a área verde. A fotografia abaixo ilustra bem a situação. Na imensa floresta mora o magnata Phelipe Daou. À esquerda, o condomínio Monte Líbano sem a área verde.
A casa do empresário Phelipe Daou é o ponto branco no meio da gigantesca área verde. O terreno inteiro ocupa aproximadamente 150 mil metros quadrados.
Toda a parte central da floresta particular do intocável Phelipe Daou é área de preservação permanente – APP, uma incontestável área pública, mas está toda murada como se fosse propriedade privada.
Observem que ao lado direito da floresta está o condomínio Mundi. Ao fundo do Mundi, a APP está toda preservada e respeitada, reconhecendo-se como área pública. Na seqüência, a APP que passa dentro do terreno do magnata Phelipe Daou foi toda murada integrando-se à propriedade privada.
Até hoje não foram explicadas as razões que levam a Prefeitura de Manaus a cobrar o Imposto Predial e Territorial Urbano -IPTU, com alíquota inferior à exigida dos humildes trabalhadores que moram na zona leste de Manaus. Depois que denunciamos a irregularidade aqui no blog, Phelipe Daou correu para pagar pelo imposto devido dos últimos 5 anos. No Ministério Público Estadual e na Delegacia Fazendária ainda tramitam procedimentos para investigar suposta prática de sonegação fiscal.
A Prefeitura de Manaus precisa impor sua autoridade e tratar Phelippe Daou como cidadão comum. Exigir um IPTU compatível com o tamanho e com a localização do imóvel. Na seqüência, mandar derrubar o muro que cercou a área de proteção permanente.
E já que se trata de área para fins de especulação imobiliária, que tal o prefeito de Manaus desapropriar o terreno para construir escola, posto médico e um terminal de ônibus.
Arthur, coragem para fazer isso sei que você tem de sobra. Aceite antecipadamente minha entusiasmada torcida.
PS: Nunca é demais lembrar que o Shopping Stúdio 5 foi construído em cima de uma área de proteção permanente. Estamos de olho aguardando que o Ministério Público Federal promova a ação competente para mandar demolir a imoralidade. Também ficaremos vigilantes para que não aconteça o mesmo na Avenida Efigênio Sales.
Phelippão – sua moleza vai acabar. Breve!!!!
Texto extraído do redetiradentes.com.br/ronaldotiradentes