Por JG
O Partido Liberal (PL) no Amazonas vive uma tempestade interna que ameaça afundar qualquer projeto político mais ambicioso em 2026. Sob o comando do ex-senador Alfredo Nascimento, a legenda parece ter perdido o rumo, mergulhada em decisões unilaterais, vaidades e desarticulação.
A indicação da Maria do Carmo para disputar o governo do Estado é o exemplo mais emblemático desse descompasso. Sem histórico político consistente e sem articulação dentro do partido, Maria foi lançada por Alfredo e chancelada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sem qualquer consulta à bancada, aos dirigentes ou aos demais atores relevantes da sigla no Amazonas. O resultado? Um racha político-financeiro precoce que isolou lideranças e compromete a construção de uma chapa competitiva.
Outro fator que contribui para a desorganização do PL no Estado é a atuação do vereador Salazar. Em vez de fortalecer alianças e construir pontes, Salazar prefere mirar os próprios aliados de Alfredo, criando mais ruído num cenário que já carece de clareza e estratégia. Sua atuação eleitoral, marcada por falta de discernimento e ataques desnecessários, tem gerado desconforto até entre os mais leais ao grupo.
Alfredo Nascimento, que já foi considerado um dos maiores articuladores políticos do Amazonas, hoje parece repetir erros que podem comprometer o futuro do PL na região. Sem diálogo interno, sem planejamento e com escolhas que priorizam vínculos pessoais em vez de viabilidade eleitoral, o partido caminha como um barco à deriva — e 2026 pode ser o naufrágio anunciado.