Poderes têm de respeitar decisão uns dos outros, diz Rodrigo Maia

Poder 360

Após reunir chefes dos 3 Poderes neste sábado (16.mar.2019) para 1 churrasco, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu que haja respeito às decisões do Executivo, do Judiciário e do Legislativo, mesmo quando não agrade.

“Se o Supremo, por exemplo, tomar uma decisão que me desagrade, eu tenho que respeitar a decisão”, disse.

O almoço reuniu a cúpula do Executivo, do Judiciário e do Legislativo. Estiveram presentes o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além de ministros de Estado e congressistas.

Nesta semana, a Suprema Corte foi alvo de novos ataques nas redes sociais e de críticas de apoiadores da Lava Jato. O motivo foi a decisão que definiu a Justiça Eleitoral como foro competente para julgar crimes como corrupção e lavagem de dinheiro quando associados ao caixa 2.

“Toda crítica precisa ser respeitada num país que quer ser democrático, garantindo a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. Mas a crítica não pode passar para uma agressão. Principalmente em relação a 1 Poder que tem como função resguardar a Constituição”, disse.

PREVIDÊNCIA: VOTAR EM MAIO NO PLENÁRIO

Maia afirmou que o encontro era uma tentativa de melhorar o diálogo entre os Poderes, o que ajudará na aprovação de reformas necessárias ao país, com prioridade para a da Previdência.

“Estamos construindo uma forma para que os poderes possam dialogar melhor, pactuar uma relação de governabilidade para o Brasil. No sistema democrático todos governam juntos”, disse.

Hoje recebendo o Presidente da República, @jairbolsonaro, o presidente do Senado, @davialcolumbre, o presidente do STF, Dias Toffoli, senadores, deputados, ministros. Nosso encontro sinaliza algum muito importante: estamos construindo um pacto para governar o Brasil. pic.twitter.com/MCpQLGj0YK

— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) 16 de março de 2019

Segundo Maia, a decisão de realizar o encontro foi tomada durante uma conversa com o presidente Bolsonaro no Palácio da Alvorada. O governo trabalha para melhorar a articulação política para aprovar as mudanças no sistema previdenciário.

Maia avalia que a base aliada do governo deverá estar formada em até 3 semanas. “Um governo com vontade de fazer 1 novo tipo de governo leva mais tempo para organizar mesmo. Acho a que base aliada já deverá estar organizada em 2 ou 3 semanas”, afirmou.

O presidente da Câmara disse que pretende votar a reforma em 2 meses. “Acho que poderemos ter o texto da reforma pronto para votar em plenário em maio”.Na 4ª feira (13.mar), Bolsonaro afirmou que o texto será aprovado no Congresso até junho.

1ª parada para análise da reforma da Previdência na Câmara será na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A comissão terá até 5 sessões do plenário para analisar a constitucionalidade da proposta do governo.

Em seguida, a reforma seguirá para uma comissão especial e depois para o plenário, onde será analisado seu mérito –ou seja, as propostas de fato. Se aprovado pelos deputados, o texto seguirá para análise do Senado Federal.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também usou seu perfil no Twitter para comentar o encontro.

“A contribuição verdadeira de cada um de nós é fundamental para uma democracia sólida que possa proporcionar, acima de tudo, um país mais justo. Temos muito trabalho pela frente”, escreveu.

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