Polícia suspeita que ex-gerente de banco desviou R$ 2 milhões de clientes

Rio – A Polícia Civil investiga pelo menos dez denúncias de um golpe que seria aplicado por uma ex-gerente de uma agência do Itaú Unibanco em Icaraí, na Zona Sul de Niterói, contra os clientes.

A delegada Raíssa Celles, da 77ª DP (Icaraí), estima que as vantagens indevidas obtidas pela ex-funcionária, por meio de transferências e saques das contas de correntistas, cheguem a R$ 2 milhões. Ela foi demitida em junho.

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Segundo a delegada, em junho, um correntista da agência, localizada na Rua Gavião Peixoto, comunicou que teria recebido, há cerca de um ano, uma quantia de R$ 88,9 mil de herança da mãe. Ele começou a perceber uma movimentação estranha em sua conta-corrente.

A primeira movimentação foi uma transferência de R$ 48 mil para uma conta ignorada. Depois, foram feitos pagamentos de boletos referentes a dívidas que não eram do cliente. Por último, de acordo com a delegada, houve diversos saques, sendo que um deles atingiu a quantia de R$ 31.718,00.

“Segundo a vítima, toda essa movimentação financeira teria sido feita pela gerente de sua conta no Itaú, que também seria gerente da conta-corrente de sua falecida genitora. Há notícias nos autos de que outros correntistas foram vítimas desta profissional”, ressaltou. A delegada acrescentou que a funcionária se aproximava dos clientes, sobretudo idosos, e movimentava as contas sem o conhecimento deles.

O vendedor Pedro Peixoto, de 26 anos, aplicou, no fim do ano passado, R$ 170 mil proveniente da venda de um apartamento. Segundo a advogada dele, Márcia Costa, Pedro começou a estranhar que o saldo não aparecia nos extratos e questionou à gerente. Ela teria parado de responder.

“Ele só descobriu a fraude depois que ela foi demitida. Ela sempre pedia que ele fosse à agência e, com o uso da biometria, dizia que estava trocando de aplicação porque não estava rendendo. Na verdade, ela adquiria produtos, empréstimos bancários por exemplo, como se fosse o cliente”, acusa Márcia.

O Itaú Unibanco respondeu que a profissional não trabalha mais no banco, que um processo administrativo foi aberto para apurar o caso e que os clientes prejudicados serão ressarcidos. “O Itaú lamenta o inconveniente causado aos clientes e ressalta que segue criteriosas práticas para detectar e agir em relação à conduta de colaborador que não esteja alinhada aos princípios da companhia”, destacou a companhia em nota.