Prefeito de Japeri é preso por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas

Prefeito de Japeri, Carlos Moraes foi preso na manhã desta sexta-feira (27) na Operação Sênones, por suspeita de associação com o tráfico. #Manaus #Brasil #Amazonas

Presidente da Câmara de Vereadores está foragido. Delegacia de Homicídios da Baixada e Ministério Público do Rio de Janeiro pretendem cumprir 39 mandados de prisão.

Prefeito de Japeri, Carlos Moraes foi preso na manhã desta sexta-feira (27) na Operação Sênones, por suspeita de associação com o tráfico.

Investigação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense descobriu que uma das maiores facções criminosas do estado se instalou na Prefeitura de Japeri.

O objetivo é cumprir 39 mandados de prisão.

No grupo visado estão ainda o presidente da Câmara, Wesley George de Oliveira, o Miga, que está foragido; o vereador Cláudio José da Silva, o Cacau, também preso; e 35 suspeitos de tráfico. Determinação da desembargadora Márcia Perrini, da 7ª Câmara Criminal do TJ-RJ, também suspende os direitos políticos dos três, todos do Partido Progressista (PP).

Na casa de Moraes a polícia encontrou arma, munição, R$ 34 mil em espécie e 850 dólares. Parte do dinheiro estava em duas bolsas azuis com logotipo da Prefeitura de Japeri. Ao ser detido, o prefeito xingou jornalistas.

Ligação com o mais procurado da Baixada

Um dos mandados é contra Breno da Silva de Souza, o BR, preso dia 20. Ele era o homem mais procurado da Baixada Fluminense, suspeito de chefiar o tráfico no Complexo do Guandu.

Escutas autorizadas pela Justiça flagraram, no ano passado, telefonema entre o prefeito Carlos Moraes e BR. A partir de então, agentes e promotores descobriram que Moraes, Miga e Cacau associaram-se ao tráfico de drogas local, comandado pela facção criminosa Amigos dos Amigos.

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As investigações apontam que o trio colocou o exercício dos seus mandatos a serviço dos interesses da organização criminosa em troca de benefícios pessoais e a possibilidade de estruturação de um projeto político que os perpetuasse no poder.

O elo entre a Prefeitura de Japeri, a Câmara Municipal e o tráfico do Guandu era Jenifer Aparecida Kaiser de Matos, um dos alvos da operação e considerada foragida. Jenifer foi nomeada assessora.