Segundo a investigação, Renan Miguel Saad recebeu R$ 1,3 milhão através da Odebrecht, dentro do esquema do ex-governador Sérgio Cabral, para dar pareceres favoráveis e alterar trajeto da Linha 4 do Metrô
Rio – O procurador do estado do Rio Renan Miguel Saad foi preso, na manhã desta segunda-feira, em mais uma etapa da operação Lava Jato. Segundo a investigação, Renan Miguel Saad recebeu R$ 1,3 milhão através da Odebrecht, dentro do esquema do ex-governador Sérgio Cabral, para dar pareceres favoráveis e alterar trajeto da Linha 4 do Metrô.
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Os agentes saíram da Superintendência da Polícia Federal (PF), na Região Portuária, pouco antes das 6h. O procurador foi preso em sua residência em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Além do mandado de prisão, também são cumpridos mandados de busca e apreensão.
A investigação aponta que Saad era identificado na planilha da Odebrecht como “Gordinho” e os repasses ocorreram entre 2010 e 2014.
Um dos pagamentos, segundo delação premiada do ex-diretor de contratos da empreiteira, Marcos Vidigal do Amaral, foi de R$ 100 mil em espécie e entregue no escritório do procurador, no Centro do Rio.
Pelo parecer favorável para mudar o trajeto da Linha 4 do Metrô, o procurador recebeu R$ 300 mil, aponta o delator. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a alteração causou prejuízos para o estado, com a estimativa de gastos passando de R$ 3 bilhões para R$ 10 bilhões.