Projeto de Lei Prevê Multa de até R$ 30 Mil para Quem Usar Bebê Reborn para Furar Filas no Brasil

Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados propõe multar em até R$ 30.360 quem utilizar bebês reborn (bonecas hiper-realistas que imitam bebês reais) para obter vantagens indevidas, como atendimento preferencial, prioridade em filas ou outros benefícios reservados a crianças de colo. A iniciativa foi apresentada pelo deputado federal Zacharias Kalil (União-GO).

De acordo com o texto do projeto, a prática de utilizar um bebê reborn ou qualquer artifício similar para enganar e obter atendimento prioritário configura uma conduta que desrespeita a boa-fé nas relações sociais e sobrecarrega serviços públicos, como unidades de saúde. A penalidade para quem for flagrado cometendo essa infração pode variar entre cinco e vinte salários-mínimos, com valores que vão de R$ 7.590 a R$ 30.360, conforme a gravidade do caso, os ganhos obtidos com a prática, a condição econômica do infrator e a reincidência.

A arrecadação proveniente das multas será destinada aos fundos municipais, estaduais, distritais e nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. O projeto está em tramitação e para se tornar lei, precisará ser aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente da República.

Outros Projetos sobre Bebês Reborn

Proposta foi apresentada na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (15). Valor arrecadado pela multa seria destinado a fundos de Direitos da Criança e do Adolescente.

Na mesma data, outros dois projetos de lei envolvendo bebês reborn foram protocolados na Câmara dos Deputados. Um deles pretende proibir o atendimento médico a bonecas reborn em instituições públicas e privadas, enquanto o outro visa estabelecer critérios para o acolhimento psicossocial de pessoas que mantêm um vínculo afetivo intenso com esses bonecos.

Bebês Reborn Viralizam nas Redes Sociais

O projeto surge em meio ao crescimento da popularidade dos bebês reborn nas redes sociais, onde conteúdos de “mães reborn” ganharam destaque. Usuários compartilharam memes e opiniões sobre o tema, enquanto influenciadoras e grupos promovem encontros de “mães e bebês reborn” em locais públicos, como o Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

Em Curitiba, a prefeitura divulgou um comunicado reforçando que “mães de bebê reborn não têm direito ao banco preferencial”. Já no Rio de Janeiro, os vereadores aprovaram a criação do “Dia da Cegonha Reborn” para homenagear as artesãs que confeccionam essas bonecas hiper-realistas.