Com estimativa de custo total de R$300 milhões, na primeira etapa, e R$1.2 bilhão na segunda etapa, o Polo Tecnológico do Vale do Rio Negro terá matriz tecnológica com zero impacto ambiental, para gerar empregos e projetar a Amazônia para o mundo com o apelo da floresta em pé.
Impressionados com a proposta, os técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para quem o projeto foi apresentado, abriram a possibilidade do banco de fomento também ajudar na modelagem do projeto para que esteja apto a buscar financiamentos em organismos como o Fundo Amazônia, que está na estrutura do BDNES.
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Apresentado nesta quarta-feira, 4, pelo professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e consultor da Frente Parlamentar em defesa do Polo, Leonardo Costa, o projeto do polo é uma alternativa futura para a Zona Franca de Manaus. A reunião foi intermediada pelo senador Plínio Valério (PSDB/AM) e ocorreu no gabinete da liderança do PSDB.
O projeto é sustentado pela tripla hélice Academia/Governo/Empresa e prevê a criação da certificação do primeiro selo do softwere verde no mundo, primeiro laboratório de pesquisa e comercialização de criptomoedas, o Jungle Game Lab, e Casa do Carbono para desenvolver tecnologia sobre emissão de créditos de carbono. Outra parte do Polo do Vale do Rio Negro prevê a construção de um grande complexo turístico em uma área de 13 milhões de metros quadrados já completamente licenciada.
Através de concessões, serão construídos nessa área resorts de grandes redes e parques temáticos, com os da Disney, com temática ecológica, além de condomínios habitacionais. “Não quero ser um senador que fica defendendo só a Zona Franca de Manaus. Quero intermediar essa busca de alternativas. Vamos ver o que se adequa a política de financiamentos do BNDES, que administra o bilionário Fundo Amazonas”, disse Plínio Valério.
Os técnicos do BNDES presentes na reunião – que teve ainda a participação do vereador da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Ewerton Wanderley (PSDB/AM), presidente da Frente Parlamentar do Polo Tecnológico de Manaus -, informaram que o projeto está dentro da nova orientação do presidente do banco, Gustavo Montezano.
A incumbência passada por Montezano, segundo eles, é que o BNDES entregue para os governadores um produto que os ajude a buscar o recursos onde estiverem. “Estamos aqui de peito aberto para analisar as possibilidades de financiamento no Fundo Amazônia, entender os projetos e ver o que dá para atender. Queremos fazer acontecer para responder as críticas ao Fundo Amazônia, conseguir capturar bons projetos. O senador tem um papel importante nisso, precisamos de um embaixador junto ao Fundo Amazonas, que nos traga bons projetos para darmos uma resposta com trabalho. Nos ajude para que o Fundo volte a operar”, disse Victor Alexander Contarato Burns, chefe do departamento de Assuntos Legislativos do BNDES.
“Me convençam que o Fundo Amazonas é bom. Ainda não fui convencido”, respondeu Plínio, que vem fazendo críticas ao Fundo.
Durante a apresentação detalhada do projeto, o professor Leonardo Costa explicou que as cinco maiores empresas do Mundo, hoje, tem base tecnológica e nasceram de startups. “A Amazônia está sob ataque mundial por causa das queimadas e desmatamento, mas a política ambiental que vai funcionar na região é a criação de empregos. Quem está passando fome, como não aceitar o convite para pegar uma motosserra e derrubar um monte de árvores? Com matriz tecnológica, esse novo modal do polo irá se unir a Zona Franca para gerar mais empregos, com impacto ambiental zero, mantendo a floresta em pé, como todos querem”, defendeu Leonardo Costa.