Renan Calheiros diz que Pazuello mentiu em depoimento à CPI da Covid

O ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, que o Brasil poderia ter acesso mais facilitado a vacinas contra covid-19 caso tivesse um plano focado nisso.Sérgio Lima/Poder360 05.05.2022

Relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou nesta 4ª feira (19.mai.2021) que o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi “cheio de contradições e mentiras” em publicação nas redes sociais.

O senador disse também que “o trabalho da CPI segue em busca da verdade sobre a situação da covid no país”. 

Pazuello ainda presta depoimento ao colegiado. Acompanhe o depoimento ao vivo.

Em sua postagem, Renan publicou vídeo em que elenca como mentiras as falas de Pazuello sobre:

  • ter informado ao presidente Jair Bolsonaro pessoalmente sobre as ofertas de vacinas da Pfizer;
  • a declaração de que pode ter se equivocado sobre informação de quantidades de vacinas da farmacêutica;
  • a não interferência do presidente em decisões do ministério acerca da compra de vacinas da Coronavac;
  • preços de vacinas negociadas com laboratórios.

Mais cedo, o ex-ministro disse que nunca foi orientado pelo presidente Jair Bolsonaro enquanto esteve no comando da pasta.

“O Presidente da República falou para mim e para todos os ministros várias vezes: de assunto de saúde quem trata é o Ministro Pazuello. Então, nunca, nunca, e vou repetir: nenhuma vez eu fui chamado para ser orientado pelo presidente da República de forma diferente por aconselhamentos externos. Nunca, nenhuma vez.”

Ele também negou a existência de um assessoramento paralelo para o chefe do Executivo, mas disse que considera normal que diversas pessoas levem informações ao presidente.

A tese de que o presidente receberia conselhos sobre a Saúde de pessoas sem ligação com o ministério começou com o depoimento dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e do presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres.