Roqueiro argentino Pity Álvarez confessa assassinato

"Fui eu quem disparou. Não venho prestar depoimento. BlogdoPavulo-Am-Mao
O roqueiro argentino Cristian “Pity” Álvarez reconheceu na sexta-feira, 13, à imprensa ser o responsável pela morte de um homem na madrugada de quinta-feira, 12, antes de se entregar à polícia em Buenos Aires.

Alvarez é um tremendo drogado há bem mais de 20 anos.

“Fui eu quem disparou. Não venho prestar depoimento.

Juiz argentino decretou prisão da peronista Cristina Kirchner e pediu autorização ao Congresso para prendê-la

Venho contar o que aconteceu. Matei porque era ele ou eu.
Qualquer animal faria o mesmo”, ressaltou o músico, líder da banda Viejas Locas para os jornalistas que estavam na porta da delegacia, onde compareceu ao lado de seu advogado.
Na quinta-feira, um juiz ordenou a detenção de Álvarez, de 46 anos, pelo homicídio de Cristian Díaz, de 36, no bairro de Villa Lugano, de Buenos Aires.
Diversas testemunhas que estiveram no local apontaram o artista como principal suspeito. Em todo este tempo, até sua entrega, o músico esteve na casa de amigos, segundo declarou.
Em sua defesa, Álvarez, que começou sua trajetória musical no final dos anos 80 como integrante do grupo Viejas Locas, banda com a qual alcançou grandes sucessos no país, disse acreditar ser inocente pela morte do homem.

O problema da drogadição na Argentina é quase uma epidemia, com consequências terríveis.

O mundo da música, do show business, da política e outras esferas está completamente contaminado pela drogadição e também pelo tráfico de drogas.
“Porque se não ele iria me matar”, reiterou Alvarez, além de afirmar que a vítima, que não era seu amigo, “era um cara que roubava”. Segundo testemunhas, o cantor disparou contra o homem e depois fugiu em um carro e parou poucos metros adiante para jogar a arma em um esgoto. Sebastián Queijeiro, advogado do músico, reconheceu que o seu cliente “tem um problema grave com drogas há 25 anos”, mas garantiu que “não tem um perfil criminoso” e nem antecedentes por roubo ou assassinato.

O secretário de Segurança da cidade de Buenos Aires, Marcelo D’Alessandro, afirmou que era “evidente” que Álvarez “é uma pessoa que impõe risco para ele e para terceiros”.

“São várias as testemunhas. Chamaram 15 e são 10 os que já forneceram testemunho na causa”, acrescentou, para remarcar que a vítima não tinha nenhuma arma e nem antecedentes penais.
“O problema são as drogas. Ela vai infectando os bairros e afetando nossos jovens”, sentenciou.