Manaus – AM: E nesta sexta-feira (18), o caso dos apartamentos do Residencial Manauara 2 completa mais um mês de existência, agora com 6 meses a situação ainda continua sem respostas. Foi aberto um processo pelo Ministério Público Federal contra a Prefeitura de Manaus, mas o mesmo segue em segredo de justiça.
Em julho do ano passado, foram entregues 500 unidades de apartamentos para serem entregues para pessoas que buscam por uma moradia aqui na região, mas para isso, há uma série de critérios a serem seguidos, como, por exemplo: renda familiar de até R$ 1.800, famílias com pessoas com deficiência ou aquelas comandadas por mulheres, além disso, seriam priorizadas aquelas que moram em áreas de risco ou insalubres, dentre outras.
Comandada por David Almeida (Avante), a Prefeitura informou que seria feito um sorteio para descobrir quem seria contemplado, entretanto, para tal, seria necessário ter cadastro no programa habitacional.
Depois do “sorteio”, foi divulgado uma lista e nela constava nomes que teriam possivelmente ligação com a filha de David.
No dia 18 de agosto, os imóveis foram entregues. Entretanto, a imprensa local denunciou um possível favorecimento de pessoas ligadas a filha do prefeito, Fernanda Aryel Rodrigues Almeida, seriam elas, duas tias: Suellen Fernandes Rodrigues e Surreila Fernandes Rodrigues e uma prima chamada Dayane Sabrina Rodrigues de Oliveira. Foi passado que além do apartamento, elas tinham cargos na Prefeitura de Manaus.
A situação gerou tanto rebuliço que virou reportagem do Jornal Nacional. Além disso, após denúncias, o Ministério Público Federal decidiu tomar posse as investigações, devido o dinheiro investido no conjunto habitacional ser financiado com dinheiro federal.
Amenizando o caso
Depois de todas as acusações, o prefeito, David Almeida, decidiu reavaliar a lista de contemplados. E aqueles servidores que estivessem na lista, seriam exonerados.
O assunto chegou na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Rodrigo Guedes disse que, não só os servidores, mas também os secretários que estavam na lista deveriam ser exonerados do cargo.
Seriam eles: Jane Mara Moraes, secretaria da Semasc e o vice-diretor da Implurb, Carlos Alberto Valente. Ambos ainda continuam nos cargos.
Quando caso chegou nas mãos do MPF, foi instaurado um procedimento de apuração preliminar da lista, segundo o mesmo a investigação era inicial.
Depois de um certo tempo, o processo ficou em segredo de justiça e até hoje, seis meses depois, a população continua sem saber o que vai acontecer com aqueles que não deveriam estar na lista e com os que estavam favorecendo a situação.