Laranjeiras News
Manaus – AM: O ex-prefeito de Manaus Arthur Neto (PSDB), está sentindo o amargo sabor do ostracismo político. Sem a relevância que o cargo de prefeito lhe rendia, nem a verba da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), o ex-gestor, agora encontra dificuldades em esconder as polêmicas de sua família, é para manter a postura que nunca teve, a de homem público honesto e honrado.
Neste fim de semana, portais revelaram que o filho do ex-prefeito, o ex-deputado Arthur Bisneto teria supostamente aliciado sexualmente o filho do ex-marido de sua madrasta, Elisabeth Valeiko e teria sido agredido por conta disso. Os portais também revelaram que Arthur Bisneto tem problemas com dependência química. O ex-prefeito sentiu-se ofendido e foi às redes sociais “chorar” e dizer que estava sendo atacado e falou em um suposto gabinete do ódio, mas não apresentou prova alguma de sua afirmação.
Quando estava no poder, Arthur criou uma capa protetora com a verba publicitária da Semcom. Em oito anos, foram mais de R$ 750 milhões com mídia, o que lhe proporcionou navegar em mares calmos até o fim do mandato. Inúmeras polêmicas foram abafadas, chegando ao ponto da desumanidade de amenizar um homicídio.
Além disso, a gestão de Arthur também empregou pessoas ligadas ao judiciário e ao ministério público do amazonas (MPAM), o que também lhe garantiu tranquilidade para estar cada vez mais confortável para degradar o erário público. A era Valeiko, foi fator determinante para o início da decadência de um homem que fez parte da história política do Amazonas.
E por falar nela, Elisabeth Valeiko, foi pivô dos maiores escândalos da vida pública dos últimas anos de mandato de Arthur Neto. Foi amante de Arthur, quando ele ainda era casado com sua ex-esposa, Goreth Garcia. Passou os últimos anos enriquecendo ilicitamente, segundo investigações da polícia, e acobertou o assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues, quando limpou a cena do crime em que seu filho, Alejandro Valeiko, foi acusado de participação.
Agora, Arthur acusa os outros de estarem o atacando, quando ele mesmo montou, com estrutura estatal um sistema de ataque e opressão a seus adversários políticos. O ex-gestor prova do próprio veneno, e deixa uma lição, lealdade não se compra. Seu reinado de usurpação de dinheiro público pode ter chegado ao fim, mas a justiça para os atos nefastos de sua administração ainda continuam sem uma resposta.
No entanto, apesar da leniência da justiça, o escudo que o blindava das criticas da exposição de seus mal feitos está enfraquecido, embora ainda existam aqueles bajuladores remanescentes que não foram aceitos em outros grupos, após sua queda. E com toda a podridão vindo a cada dia à tona, trazido das profundezas obscuras de sua administração, fica cada vez mais claro que a pior coisa para Manaus era a família de Arthur Neto, durante seu mandato, e, a melhor coisa era ser da família de Arthur Neto, durante seu mandato.