No dia 25 de março passado, um caminhoneiro de 25 anos foi preso em flagrante, sob a acusação de tráfico de drogas. Ele foi abordado na BR-487 na região de Naviraí em Mato Grosso do Sul. Durante as revistas, foram encontradas, no interior do caminhão Volvo, várias caixas de transporte de peixe, sendo que algumas continham tabletes que os policiais identificaram como maconha. Ao todo foram apreendidos 322 quilos da droga.
Equipes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Civil de Dourados fizeram a prisão e apreensão do entorpecente. O caminhoneiro foi levado para a delegacia de Naviraí onde se encontra à disposição da justiça.
O que chama a atenção é que o caminhão está em nome da empresa da família do senador, Jorge Seif Júnior (PL), inclusive, as caixas para transporte de peixe têm as iniciais JS. Segundo uma fonte policial, o motorista teria relatado que buscou a carga na fronteira e que a entrega seria feita em Itajaí, onde também se encontra a sede da empresa.
Por meio da assessoria de imprensa, Seif informou que o veículo e as caixas plásticas para o transporte de pescados foram vendidos no dia 08 de setembro do ano passado. Segundo o parlamentar, foi uma operação de venda parcelada que resultou na entrega do caminhão, porém, com o acordo de que a transferência no Detran somente será efetivada, após a conclusão do pagamento. “Conforme contrato firmado entre as partes, o mesmo assumiu, a partir da compra, toda a responsabilidade pelo bem, não tendo o vendedor que se pronunciar por fatos ocorridos após a transmissão do mesmo”, disse Seif através de nota.
Questionado para quem foi vendido o veículo, o senador respondeu que não tem autorização para informar o nome, devido a um processo investigativo que está em andamento, porém, disse ter recebido a informação que o comprador original teria alugado, arrendado, ou emprestado o caminhão e as caixas para terceiros, o que originou o problema.
Por fim, a assessoria do senador disse que o jurídico da empresa, da qual Seif Júnior não faz mais parte, mas que está em nome de familiares, não quer se manifestar e pediu que mais detalhes sejam obtidos junto a polícia e a justiça.