Membros da presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus (STTR) prometeram na manhã desta segunda-feira (26), em Manaus, pedir à Justiça a prisão dos donos de empresas de ônibus da capital. Segundo eles, o pedido pode ocorrer caso não haja acordo entre os trabalhadores e os donos das empresas sobre o aumento salarial da categoria. Na tarde de hoje, uma reunião sobre o assunto vem sendo realizada na sede da Prefeitura de Manaus, após o fim da greve.
“O sindicato vai entrar de forma oficial pedindo a prisão dos empresários de ônibus. Vamos ver se a Justiça vai acatar. É sonegação fiscal, falta de pagamento de INSS e FGTS, ônibus sucateado, ônibus pirateado”, questionou o vereador Jaildo dos Rodoviários, ex-membro da presidência do STTRM e que apoia a categoria. “Caso eles insistam nessa demagogia de não dar aumento, justificando que estão em crise, vamos pedir (a prisão). Tiveram aumento em maio e já estão em crise?”
Além disso, o vereador Jaildo também afirmou sobre a possibilidade de ser aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Manaus para investigar as empresas de ônibus da capital, a CPI do Transporte. “Assim que voltar o recesso (na Câmara), eu e o vereador Sassá vamos recolher assinaturas e pedir a CPI. Caso eles insistam em mentir para a sociedade, vamos abrir a CPI”, reafirmou Jaildo dos Rodoviários.
Na manhã de hoje (26), os rodoviários contrariaram a proibição do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e promoveram uma greve geral da categoria, com 100{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} da frota de ônibus parada nas garagens. A paralisação prejudicou cerca de 400 mil usuários do transporte público na capital, conforme divulgou o Sindicato das Empresas de Transporte Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram). Por cada hora de greve, o TRT havia aplicado multa de R$ 100 mil.
Presidente do STTRM
O presidente do sindicato dos rodoviários, Givancir Oliveira, apoiou a abertura da CPI do Transporte na Câmara Municipal. “Se houver uma CPI vai levantar vários questionamentos, vai aparecer para onde estão indo esses recursos. Alguém está com esse dinheiro. Se está quebrado, vai embora. A Eucatur (empresa de ônibus) está há 50 anos aqui em Manaus e nunca foi embora. E o patrimônio deles aumentando”, afirmou Givancir.
Com conteúdo do Portal Acrítica