STF avalia denúncia contra militares por plano para matar Moraes, mesmo sem conclusão da PF

Alexandre de Moraes durante leitura de seu voto na 1ª Turma do STF — Foto: Antonio Augusto/STF

A Primeira Turma do STF julga nesta terça-feira (20) o recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 11 militares e um policial federal acusados de envolvimento em um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, batizado de “Copa 2022”.

A denúncia pode transformar os investigados em réus mesmo sem a conclusão da investigação da Polícia Federal, que identificou apenas dois dos seis suspeitos de executar o plano: os tenentes-coronéis Rafael de Oliveira e Rodrigo Azevedo.

Segundo a PGR, o grupo usava o aplicativo Signal para se comunicar e estava mobilizado no dia 15 de dezembro de 2022. Um dos integrantes chegou a estar em frente à casa de Moraes, mas a ação foi abortada. A PF suspeita de ligação entre esse plano e o “Punhal Verde Amarelo”, documento elaborado pelo general da reserva Mario Fernandes.

Além da tentativa de assassinato, os denunciados são acusados de participar de reuniões para pressionar o Alto Comando do Exército a aderir a um golpe após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições.

As defesas negam participação nos crimes. Delator no caso, o tenente-coronel Mauro Cid classificou uma das reuniões como um “bate-papo de bar”, sem articulação formal.

Apesar da investigação da PF seguir em andamento, com celulares ainda sob análise, o STF decide se há indícios mínimos para abertura de ação penal.