STF julga deputado do partido de Bolsonaro por funcionários fantasmas

Deputado federal Edio Lopes é réu por crime de peculato na contratação de funcionários fantasmas entre 2005 e 2006

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta sexta-feira (25/3) mais um julgamento envolvendo um deputado do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. No banco dos réus estará o deputado federal Edio Lopes (PL-RR).

Filiado à sigla de Valdemar Costa Neto desde 2016, o parlamentar é réu no STF acusado de crime de peculato. O caso está na pauta da sessão do plenário virtual que começa nesta sexta e vai até o próximo dia 1º de abril.

O parlamentar é acusado de contratar três funcionários fantasmas entre 2005 e 2006 e se apossar indevidamente dos vencimentos. O possível crime teria acontecido enquanto Lopes era deputado estadual em Roraima pelo MDB.

Na acusação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que os salários que deveriam ser pagos aos funcionários acabaram sendo utilizados para outros propósitos, como pagar dívidas do parlamentar.

Por exemplo, R$ 4,9 mil dos vencimentos de uma das colaboradoras teriam sido usados para quitar os valores relativos à compra de camisetas.

A defesa do deputado ainda tenta tirar o caso do plenário virtual e levar ao plenário presencial.

Há dois dias, o próprio presidente Jair Bolsonaro viu seu nome envolvido no caso de contratação de uma suposta funcionária fantasma.

Na terça-feira (22/3), o Ministério Público Federal enviou à Justiça Federal um pedido de indiciamento de Bolsonaro pela contratação da funcionária Walderice Santos da Conceição, a “Wal da Açaí”.

O MP sustenta que ela que recebia salário como assessora no gabinete do então deputado federal, mas trabalhava na residência de Bolsonaro em Mambucaba (RJ).