Suposto traficante confessa que dinheiro era para comprar votos

Agentes da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai) prenderam nesta sexta-feira (19/10) o microempresário Diellison Wendel Alves Pinheiro, “o Didi”, acusado de comandar o tráfico de drogas em Codajás (AM), com R$ 17 mil e duas armas.

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Coligação ‘Eu Voto no Amazonas’: apresenta nota à imprensa de suposta compra de votos

Em depoimento aos policiais, Diellison disse que R$ 12 mil seriam utilizado para comprar votos em favor do candidato ao governo do Amazonas Wilson Lima (PSC), dois dias antes da eleição.

Conforme informações da polícia, “Didi”, – que estava sendo investigado há quatro meses pelos crimes de tráfico de drogas e de pirataria, – ao ser questionado sobre a origem do dinheiro, disse que um homem identificado apenas como “Paulo”, intermediário do candidato, ofereceu os R$ 12 mil para a compra dos votos. Segundo ele declarou à Polícia, cada eleitor receberia R$ 50. “Era para comprar votos pro Wilson Lima porque eu devo favores a ele”, disse, em vídeo gravado pela polícia.

O microempresário disse aos policiais que o encontro com o intermediário do dinheiro ocorreu na semana passada, no Hotel Tucunaré, em Codajás. Aos policiais, “Didi” disse, ainda, que iria receber R$ 5 mil pelo serviço de compra de votos.

Questionado pela polícia sobre quem era “Paulo, o o microempresário disse apenas que o homem era de Manaus, não sabendo informar o nome completo. Descreveu que o intermediário era moreno e “forte”.

A prisão de “Didi” é fruto da operação “Navalha”, deflagrada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), na última semana. Além do microempresário, foi presa em flagrante a delegada de Polícia de Codajás, Alessandra Braga. Foram apreendidos R$ 17 mil, duas armas, duas motocicletas, uma picape e telefones celulares.

Conforme o secretário de Segurança do Amazonas, Amadeu Soares, o inquérito foi encaminhado à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), para o prosseguimento das investigações.

Mais compra de votos

No último dia 7 de outubro, o ex-prefeito de Nhamundá (Am), Mário Paulain, foi preso em flagrante, suspeito de compra de votos para o candidato Wilson Lima, em um hotel da cidade. Na ocasião, os policiais civis apreenderam R$ 2,2 mil, material de campanha eleitoral recibos e telefones celulares.