TCE aceita representação sobre assessores ‘fantasmas’ do quadrilhão Pinheiro

Manaus – AM: O presidente do TCE-AM (Tribunal de Contas do Amazonas), conselheiro Mário de Mello, aceitou, na última quinta-feira (8) uma representação que denuncia suspeitas de um esquema de funcionários fantasmas no gabinete da deputada estadual Mayara Pinheiro (Progressista).

Entre as nove pessoas apontadas na denúncia e que são alvos de pedido de afastamento estão a sogra da deputada, a advogada Maria do Rosário Lima das Chagas; as ex-madrastas de Mayara Neide Maria Freire da Silva e Vivian Silva da Costa; a atual madrasta Sascha Thaís Cavalcante de Almeida.

Também estão na lista dos suspeitos de receber dinheiro da Assembleia sem prestar serviços à Casa Legislativa a babá da filha da deputada, Déborah Feitosa Martins; a tia da deputada, Thiaury Joaquina Amaral Pinheiro; o tio da madrasta dela, Manuel Jamil Cavalcante; o primo Guillermo Alfonso Galindo Cardenas Nieto, e Sabrina Martins Mamed.

O autor da representação, Raione Cabral Queiroz, afirma que servidores da Assembleia confirmaram que nenhum dos assessores apontados na representação aparecem para trabalhar. Para Queiroz, há indícios de que a deputada e os assessores tenham praticado atos de improbidade administrativa.

Mário de Mello aceitou a representação, isto é, concluiu que os pedidos feitos por Queiroz podem ser analisados pelo Tribunal de Contas amazonense. No entanto, quem decidirá se afastará ou não os funcionários é o relator do processo.

Rosemary Cunha Martins, que é ex-mulher de Adail Pinheiro, pai de Mayara Pinheiro, mora em Portugal. A nomeação dela no cargo de assessora de diretoria consta no diário eletrônico da Assembleia Legislativa do Amazonas na edição do dia 26 de fevereiro deste ano (Edição nº 1643).

A representação também aponta que Ryan Gabriel Silva, que é marido de Karen Pinheiro, irmã da deputada, mora em Toronto, no Canadá. A nomeação dele no cargo de assessor de diretoria foi publicada no diário eletrônico da Casa Legislativa na edição do dia 25 de fevereiro (Edição nº 1642).

Depois da publicação da reportagem, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cidade (PV), exonerou os servidores que moram fora do país.