Manaus – AM: Na semana passada, Polícia Federal já havia prendido os outros cinco envolvidos. Empresário teria buscado vingança após operações contra garimpo ilegal. G1 ainda não conseguiu contato com a defesa do empresário.
Empresário Aparecido Naves Júnior foi preso suspeito de ordenar incêndio de helicópteros do Ibama em Manaus. — Foto: Divulgação/PF e Ayrton Senna Gazel/g1 AM
O empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos, foi preso pela Polícia Federal por suspeita de ordenar o ataque que incendiou dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Manaus.
Ele foi preso em uma casa de alto padrão, em um condomínio de luxo de Goiânia (GO), na tarde desta quarta-feira (2). O ataque contra as aeronaves aconteceu no dia 24 de janeiro.
Outras cinco pessoas foram presas.
Empresário é preso em casa de alto padrão em Goiânia suspeito de mandar queimar helicópteros do Ibama no Amazonas. — Foto: Divulgação/PF
Segundo o superintendente da PF no Amazonas, Leandro Almada, investigações constataram o vínculo do empresário com atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Boa Vista (RR).
“A motivação do crime foi o prejuízo que ele sofreu em ações de fiscalização tanto do Ibama, com utilização dessas aeronaves, quanto da Polícia Federal, no decorrer de 2021”, disse.
A prisão ocorreu dentro da Operação Acauã, que tem como objetivo de apurar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa, que acarretaram na destruição total de uma aeronave e parcial de outra.
Presos apontaram envolvimento de empresário
Na semana passada, a Polícia Federal prendeu outros cinco suspeitos de envolvimento no ataque:
- o motorista, suspeito de ter levado e retirado os executores da cena do crime;
- dois suspeitos de incendiar as aeronaves;
- dois suspeitos de intermediar o agenciamento dos incendiários e repassar o pagamento pelos crimes.
Helicóptero do Ibama é incendiado durante ataque em Manaus. — Foto: Ayrton Senna Gazel/g1 AM
Segundo a PF, o motorista foi preso um dia após o ataque, a partir da identificação do carro usado na fuga dos suspeitos. A partir daí, a polícia chegou aos outros quatro envolvidos.
Ainda conforme a PF, após confessarem participação no atentado, todos os envolvidos reconheceram o empresário Aparecido Naves Júnior como mandante do crime.