O ministro da Educação, Abraham Weintraub no Poder 360 Entrevsita. Brasilia 19-08-2019. Foto: Sérgio Lima/PODER 360
Abraham Weintraub não é mais ministro da Educação. Ele mesmo fez o anúncio nesta 5ª feira (18.jun.2020).
Divulgou 1 vídeo nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.
“Sim, dessa vez é verdade. Eu estou saindo do MEC e eu vou começar a transição agora. Nos próximos dias eu passo o bastão ao ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo”, afirmou.
Weintraub vai agora ocupar 1 cargo no Banco Mundial. Ele foi o 2º ministro da Educação do governo Bolsonaro. Substituiu Ricardo Vélez Rodríguez em abril do ano passado. Era, até então, secretário executivo da Casa Civil, então sob o comando de Onyx Lorenzoni (hoje ministro da Cidadania).
Weintraub estava no centro de atritos entre o Poder Executivo com o Legislativo e o Judiciário. O chefe da Educação afirmou em reunião interministerial gravada em 22 de abril que, por ele, “colocava esses vagabundos na cadeia, a começar pelo STF” (Supremo Tribunal Federal).
O então ministro fazia uma crítica a Brasília, de forma geral. No comentário, mencionou especificamente o STF. O vídeo foi divulgado por decisão do ministro Celso de Mello. Isso porque, na gravação, haveria a prova de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal, conforme acusação do ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública).
No último domingo (14.jun), Weintraub compareceu a 1 ato de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios e reafirmou sua declaração sobre “vagabundos”. Disse que já havia expressado sua “opinião”. Bolsonaro disse que o ministro “não foi prudente”, em entrevista à BandNews na 2ª feira (15.jun).
“Como tudo que acontece cai no meu colo, mais 1 problema. Nós estamos tentando solucionar o senhor Abraham Weintraub”, disse na ocasião.
Weintraub é investigado no inquérito que corre na Corte sobre fake news –decisão apoiada pela maioria do Supremo em julgamento de pedido de habeas corpus apresentado pelo ministro da Justiça, André Mendonça.
Além de ser alvo no inquérito das fake news, o agora ex-ministro da Educação também é investigado no inquérito que apura suposto crime de racismo. O processo decorre de publicação de Weintraub que associou a China a algum tipo de vantagem pela pandemia de covid-19.
Na última 4ª feira (17.jun), o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foram ao Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, para assistir à posse do ministro Fábio Faria (Comunicações). Havia uma série de autoridades do governo.
Weintraub não estava presente. Haveria dificuldade de Toffoli e Maia estarem na mesma cerimônia que o ministro da Educação.
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