Zambelli entra na lista de difusão vermelha da Interpol após ordem de Moraes

Zambelli entra na lista da Interpol: Moraes decreta prisão preventiva após fuga. Foto: Reprodução

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi oficialmente incluída na lista de difusão vermelha da Interpol, a pedido da Polícia Federal (PF) e por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida ocorre dias após a parlamentar deixar o país, mesmo após ter sido condenada a 10 anos de prisão.

Zambelli foi sentenciada pela Corte Suprema por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão forjado contra o próprio Moraes, no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

Embora o nome de Zambelli ainda não apareça no site oficial da Interpol, fontes confirmam que a inclusão é iminente e deve ser atualizada em breve. A parlamentar deixou o Brasil cruzando a fronteira com a Argentina, conforme revelado nesta terça-feira (3). Pouco depois, foi localizada na Flórida, Estados Unidos, segundo informações de sua assessoria.

Na quarta-feira (4), Alexandre de Moraes acatou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a prisão preventiva de Zambelli, com base na suspeita de que a saída do país teve como objetivo frustrar a aplicação da lei.

Em resposta, Zambelli criticou duramente a decisão, classificando-a como “monocrática” — ou seja, tomada de forma individual sem consulta ao plenário do STF.

“Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”, declarou a deputada em nota.

A inclusão de Zambelli na lista de difusão vermelha é considerada um dos últimos passos para a emissão de um alerta internacional, que permite sua prisão em qualquer um dos 195 países membros da Interpol, facilitando eventual extradição ao Brasil.

A repercussão do caso fortalece o debate sobre a atuação do Supremo, os limites da liberdade parlamentar e a eficácia das cooperações internacionais para o cumprimento de ordens judiciais brasileiras.

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