A Coca-Cola (Recofarma) produz em Manaus o xarope que é utilizado na produção do refrigerante em toda América Latina.
Em 1995, o então governador Amazonino Mendes editou a Lei Hanan, concedendo incentivos prá lá de generosos para novas indústrias que se implantassem na Zona Franca.
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O Distrito Industrial vivia um de seus piores momentos com queda acentuada de empregos.
Também se pretendia incrementar a produção de açucar mascavo no interior. Foi assim que se instalou em Manaus a Recofarma. Nosso açúcar foi industrializado e transformado no concentrado (xarope) da coca-cola.
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O negócio foi tão bom para a coca-cola, do ponto de vista econômico, que o xarope de Manaus passou a ser usado em boa parte do mundo. Para compensar a grande renúncia fiscal, a Recofarma resolveu dar uma espécie de esmola para o estado, patrocinando (com migalhas) o boi bumbá de Parintins e, em contrapartida, tornando-se praticamente a dona da festa da ilha Tupinambarana.
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Ano passado, a Recofarma faturou 4,4 bilhões de reais e deixou de ICMS menos de 90 milhões de reais. Um conta injusta para a generosidade dos nossos incentivos concedidos à empresa. Praticamente 0,5{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} (meio por cento) do faturamento da multinacional.
Está na hora do Amazonas promover uma revisão na sua política de incentivos fiscais. Precisamos de empregos e receita, mas dispensamos a esmola da coca-cola.
Fonte – Blog do Ronaldo Tiradentes