
Tel Aviv lançou, nesta sexta-feira (13), uma nova ofensiva aérea contra múltiplas cidades iranianas, aprofundando a já tensa guerra no Oriente Médio. Como resposta imediata, Teerã ativou uma primeira leva de drones em direção ao território israelense, elevando o risco de uma escalada militar global.
💥 Nova fase do conflito: ataques cirúrgicos e retaliações aéreas
Segundo autoridades israelenses, a operação — batizada de Leão em Ascensão — teve como alvos instalações militares estratégicas, incluindo centros de desenvolvimento de mísseis e infraestrutura bélica nas cidades de Tabriz, Shiraz e Khorramabad. Esta nova fase sucede os bombardeios da madrugada anterior, que atingiram o coração do programa nuclear iraniano em Natanz, resultando na morte de altos comandantes militares e cientistas nucleares do país persa.
🔥 Irã reage: drones e discurso de guerra
Do lado iraniano, o chanceler Abbas Araghchi classificou os ataques como uma “declaração de guerra”, denunciando a ação ao Conselho de Segurança da ONU. Pouco depois, o país lançou uma ofensiva com drones, interpretada por analistas como um aviso calculado, sem o uso de mísseis balísticos — responsáveis pelos estragos vistos no ataque direto ao território israelense em outubro de 2023.

Embora não haja danos significativos registrados em Israel, parte dos drones foi interceptada por sistemas de defesa aérea da Jordânia, que interveio para proteger suas cidades.
🧨 Natanz em ruínas: risco de contaminação nuclear
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Effie Defrin, declarou que o reator de Natanz sofreu “danos consideráveis”. Já o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou estar em contato com Teerã para avaliar os riscos de contaminação radioativa, ressaltando que “instalações nucleares jamais devem ser atacadas”.
Segundo a mídia iraniana, 78 civis morreram nos ataques à capital Teerã, enquanto outras 329 pessoas ficaram feridas, ampliando o temor de uma catástrofe humanitária.
⚔️ Khamenei promete resposta “sem limites” e substitui cúpula militar
Em tom enfático, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, prometeu uma retaliação implacável e anunciou a substituição imediata da cúpula militar dizimada — entre eles, o general Mohammed Bagheri (chefe do Estado-Maior) e o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami. Segundo Khamenei, “o regime sionista impôs a si mesmo um destino amargo e doloroso”.
💣 Programa nuclear iraniano no centro da crise
A ofensiva de Israel tem como pano de fundo o avanço do programa nuclear iraniano, que, segundo relatórios recentes, já conta com material físsil suficiente para a produção de até seis ogivas nucleares. A própria AIEA, pressionada pelos Estados Unidos, declarou na quinta-feira (12) que o Irã está em completo desacordo com os protocolos internacionais de inspeção, gerando um clima de legitimidade para a ação militar israelense.
Estados Unidos: apoio velado e poder militar posicionado
O presidente dos EUA — que subiu o tom nas redes sociais — afirmou que os “linha-dura no Irã estão TODOS MORTOS agora”, sugerindo que novas ondas de ataques serão ainda mais destrutivas. Washington, embora não tenha participado diretamente das operações, já vinha reposicionando tropas e ativos na região, com destaque para a base de Diego Garcia, no Oceano Índico, e o grupo de ataque liderado pelo porta-aviões USS Carl Vinson.
Além disso, embaixadas americanas no Oriente Médio estão sendo esvaziadas como precaução diante da deterioração do cenário regional.
🌍 Geopolítica global em alerta
Com o Hezbollah, no Líbano, mantendo postura cautelosa e os houthis do Iêmen ainda em silêncio, o conflito segue localmente concentrado, mas especialistas alertam: a continuidade dessa escalada pode arrastar toda a região — e o mundo — para uma guerra de proporções imprevisíveis.