Câmara de Maués cria CPI para investigar desvio de dinheiro na educação

A Câmara Municipal de Maués criou, ontem, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades no uso de recursos que deveriam ser destinados à educação, durante a gestão do ex-prefeito Carlos Góes (PT).

Em 2016, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) enviou mais de R$ 20 milhões para Maués. De acordo com o vereador Luizinho Canindé (PMN), relator da CPI, R$ 5 milhões desses recursos  sumiram no espaço de 72 horas e os outros R$ 15 milhões  foram gastos de forma indevida.

“As escolas do nosso município precisando de reforma urgente há anos, mas mesmo com todo esse dinheiro, o antigo prefeito não comprou sequer uma lata de tinta para mandar pintar as escolas do interior ou comprar material escolar para a nossas crianças”,  disse o relator.

A comissão denominada CPI dos Precatórios é formada por cinco vereadores: Luizinho Canindé (PMN), Rodrigo Bentes (PHS), Carla Leite (PROSA), Ronildo Santos (PSB) e Erasmo Alexandre (DEM). Após a criação da CPI, os parlamentares fizeram, no mesmo dia, a primeira reunião ordinária para definir o rito de trabalhos e o cronograma de ações.

O presidente da CPI,  Rodrigo Bentes (PHS), ressaltou que comunicará o Ministério Público e a Polícia Federal sobre a instauração da comissão.  “Durante 90 dias, essa comissão irá apurar o possível desvio de mais de R$ 20 milhões que prejudicou o município de Maués. Vamos ouvir todos os envolvidos nesse caso, principalmente o ex-prefeito, para que saber o que de fato aconteceu com esse dinheiro”, afirmou o vereador.