Relatório do STJD “vaza” nomes de jogadores acusados de manipulação por Textor; veja lista

Nomes estão tapados em documento, mas é possível visualizações com técnicas básicas de informática

Nesta sexta-feira (5), Mauro Marcelo de Lima e Silva, auditor do Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), pediu suspensão de seis anos para John Textor, proprietário da SAF do Botafogo.

O gestor do clube carioca fez diversas acusações sobre manipulações no futebol brasileiro. O nome dos jogadores acusados estão tapados no documento divulgado, mas a visualização é possível ao copiá-los e colá-los.

A descoberta foi feita pelo ge.globo. Em abril, Textor acusou cinco jogadores do São Paulo de manipulação na derrota por 5 a 0 para o Palmeiras, no Campeonato Brasileiro do ano passado.

Já sobre os jogadores do Fortaleza, quatro foram acusados de “excederem limites que estabeleceriam evidências claras e convincentes de manipulação de jogos” na derrota por 4 a 0 para o Palmeiras, pelo Brasileirão de 2022.

Veja a lista com os nomes abaixo

Palmeiras 4 x 0 Fortaleza – Brasileirão 2022

• Juninho Capixaba (hoje no Red Bull Bragantino)

• Tinga

• Marcelo Benevenuto (hoje no Coritiba)

• Fernando Miguel (hoje no Ceará)

Palmeiras 5 x 0 São Paulo – Brasileirão 2023

• Diego Costa

• Rafinha

• Gabriel Neves (hoje no Independiente)

• Beraldo (hoje no PSG)

• Caio Paulista (hoje no Palmeiras)

Árbitros citados como vítimas

O relatório conclusivo, o qual está disponível no site do STJD, aponta Palmeiras, Grêmio, Flamengo, Atlético, São Paulo e seus atletas, Fortaleza e seus atletas e árbitros como vítimas (nomes abaixo).

• Raphael Claus (duas vezes)

• Ramon Abatti Abel

• Rodrigo José Pereira de Lima (três vezes)

• Rafael Rodrigo Klein

• Rafael Traci

• Wagner do Nascimento Magalhães

• Sávio Pereira Sampaio

A multa de R$ 2 milhões e a suspensão de 2.340 dias sugerida a Textor é a soma das diversas infrações cometidas pelo proprietário do Botafogo aos artigos 243-F, 243-A e 221 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, conforme apontado pelo auditor relator Mauro Marcelo de Lima e Silva.

“Após uma análise detalhada e exaustiva dos métodos utilizados pela empresa “Good Game”, por meio dos citados sistemas MATCH-FIX® e REF-EVAL®, chega-se à conclusão de que tais sistemas não cumprem o que prometem. Apesar de todas as alegações impressionantes sobre a precisão de mais de 99% e o emprego de algoritmos avançados de inteligência artificial, referidos métodos não apresentam qualquer eficácia comprovada e tampouco validade com embasamento científico. (…) Portanto, vislumbra-se uma total falta de credibilidade – e quase uma irresponsabilidade – nesses pseudos métodos científicos denominados MATCH-FIX e REF-EVAL”, argumenta o relator a respeitos das provas apresentadas por John Textor.

O inquérito foi instaurado a partir do pedido do Procurador Geral de Justiça Desportivo para apurar as alegações de manipulação de resultados feitas por John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, a partir de novembro de 2023. Palmeiras, São Paulo, Associação de atletas e dos árbitros fizeram representações neste mesmo sentido, assim como o próprio empresário.