O corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, determinou nesta 3ª feira (20.mar.2018) a abertura de procedimento para averiguar manifestações públicas feitas pela desembargadora do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) Marília Castro Neves sobre a vereadora assassinada, Marielle Franco (Psol).
Em comentário no Facebook na última 6ª feira (16.mar.2018), a desembargadora disse que Marielle Franco “estava engajada com bandidos” e que ela “foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu compromissos assumidos com seus apoiadores”.
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O Psol e a ABJD (Associação Brasileira de Juristas para Democracia) entraram no CNJ com duas representações contra a magistrada.
Em nota, o Psol declarou que: “a desembargadora entrou na ‘narrativa’ que tem sido feita nas redes sociais para desconstruir a imagem de Marielle, do Psol e da luta pelos direitos humanos”.
Sobre o caso, o corregedor disse que foi determinada a abertura de pedido de providências e será concedido 1 prazo para que a desembargadora se manifeste a respeito.
OUTRO CASO
A desembargadora Marília Neves também questionou nas redes sociais a atuação de professores com Síndrome de Down. Após repercussão, Débora Seabra, 1ª professora portadora de Síndrome de Down, fez uma carta criticando a desembargadora. No documento, a professora afirma que “quem discrimina é criminoso”.