Conselho de Sentença da 3ª Vara do Tribunal do Júri condena a 42 anos de prisão acusado da morte da menina Jhuliany

O cadáver de Jhuliany foi encontrado dois dias depois, pela própria mãe do denunciado. Desconfiada, pois sabia que Jhuliany estava desaparecida e toda a vizinhança estava à procura dela, acionou a polícia.#Blogdopavulo

A criança foi estuprada e morta por asfixia, em junho de 2016, no bairro Novo Aleixo. Corpo da vítima foi encontrado pela mãe do réu, enterrado no quintal de sua residência.

O Conselho de Sentença da 3ª Vara do Tribunal do Júri, em sessão realizada nesta quarta-feira (23), condenou Francinaldo Marialva Pereira a 42 anos, seis meses e vinte dias de reclusão em regime fechado pelos crimes de estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver – previstos nos artigos 121, parágrafo 2º, incisos III (asfixia) e IV (dissimulação); art. 217-A “caput” e art. 211, todos do Código Penal Brasileiro, em concurso material de crimes (art. 69 do CP) –, que tiveram como vítima a menina Jhuliany Souza da Silva, de sete anos de idade.

O caso ocorreu em junho de 2016, no bairro Novo Aleixo, zona Leste de Manaus.

A sessão de julgamento popular foi presidida pelo juiz Adonaid Abrantes de Souza Tavares, com o promotor de justiça Rogério Marques Santos trabalhando na acusação. A defensora pública Ana Karoline dos Santos Pinto atuou na defesa do réu. Da pena aplicada pelo magistrado presidente do júri será descontado o tempo em que o réu esteve preso: um ano e onze meses.

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Segundo consta no inquérito policial, em 10 de junho de 2016, por volta de 14h, na rua Bicuíba, beco Jeri, no bairro Novo Aleixo, Jhuliany foi atraída por Francinaldo para dentro da casa dele, onde foi enforcada, estuprada e morta.

Conforme os autos, a vítima estava em frente à vila de quartos onde morava, quando Francinaldo (que estava sozinho em casa) a viu e a chamou.

Para atrair a criança, ele teria oferecido R$ 20 a ela.

Ao entrar na residência, a vítima teria sido levada ao quarto da mãe de Francinaldo e, ao ser assediada, reagiu gritando. O acusado, então, teria tapado a boca da criança e passou a enforcá-la, fazendo com que perdesse os sentidos.

Em depoimento dado na fase do inquérito policial, Francinaldo relatou que consumou, então, a violência sexual e, em seguida, percebendo que a vítima estava morta, resolveu ocultar o cadáver. Cavou um buraco no quintal da casa e enterrou o corpo da criança.

O cadáver de Jhuliany foi encontrado dois dias depois, pela própria mãe do denunciado. Desconfiada, pois sabia que Jhuliany estava desaparecida e toda a vizinhança estava à procura dela, acionou a polícia.