“Constantemente recebo denúncias de ruas alagadas, pontes sofrendo erosão, transtorno causados pelas chuvas. Por isso cobrei a implantação do plano. A cidade de Manaus não pode continuar sendo maltratada. Entra prefeito e sai prefeito e não há investimentos no sistema de saneamento básico da cidade. Muitos desses prefeitos ainda usaram a velha desculpa: ‘colocar cano debaixo da terra não dá voto’. E fica por isso mesmo. É uma pena, porque nós temos em Manaus um problema sério de falta de saneamento básico que envolve o lixo, a água, o esgoto, a drenagem e a limpeza pública e também educação popular. No sistema de esgoto, por exemplo, deveria ter uma tubulação específica, mas não tem. O que se tem é escoamento da água da chuva, que é confundido com o esgoto e em alguns lugares a população acaba interligando água da chuva com o esgoto domiciliar e tudo isso vai parar nos igarapés. No geral, Manaus carece de esgotamento sanitário. Além disso, não temos políticas públicas para a destinação dos resíduos sólidos e esses resíduos acabam entupindo os bueiros e, até mesmo, quebrando-os quando acontecem alagações nas ruas. Existem mais de 2 mil bueiros em Manaus sem tampa. Isso resulta num enorme prejuízo à cidade, inclusive, causando até a morte de crianças que foram levadas pelas enxurradas para dentro dos bueiros. E o Plano de Drenagem, que consta no Plano Diretor da cidade, deveria ser implementando em 2016, porém, não aconteceu, não foi falta de recursos, foi falta de vontade política.”
Opinião do deputado José Ricardo Wendling (PT), durante a Sessão Especial para ouvir a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), sobre a situação atual do Plano Diretor de Drenagem Urbano de Manaus (PDDU).
