O senador e candidato à reeleição, Eduardo Braga (MDB/AM), defendeu, nesta terça-feira, 11, o fim do monopólio de instituições bancárias como estratégia de crescimento para a economia e o comércio.
A declaração foi feita durante reunião com representantes do comércio, na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), na Zona Centro-Sul.
Eduardo explicou que é necessário que haja oferta de crédito com juros baixos para que comerciantes e empresários possam fazer investimentos, gerar emprego e renda e aquecer a economia.
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Contudo, ele destacou que isso se torna quase impraticável em função do monopólio bancário atual que impõe juros altos a quem contrata empréstimos.
Para ele, essa dificuldade pode ser sanada fomentando concorrência bancária.
“O Brasil precisa acabar com o monopólio do banco de varejo e isso só é possível com concorrência. Existem bancos que querer vir para o Brasil e que dependem de uma canetada do presidente da República. Não precisa passar pelo Congresso. Somente com uma ação do presidente da República poderíamos ter um grande banco chinês ou alemão oferecendo crédito e juros mais baixos”, disse.
Segundo Eduardo, o país tem um dos maiores spreads (diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder empréstimo) do mundo.
“Os bancos captam recursos à base de taxa Selic e emprestam com um spread gigantesco. E isso ocorre porque só tem cinco grandes bancos. Existem outros bancos, mas não contam porque o impacto deles na economia é pequeno. Quando há concorrência de grandes bancos, há crédito e juros menores e, consequentemente, o crescimento da economia e do comércio”, falou.
Braga ainda discorreu, entre outros temas, sobre a Zona Franca de Manaus, BR-319 e a necessidade de reformas no país. “Para que o Brasil volte a gerar emprego é preciso fazer reformas. É impossível governador o Brasil com 35 partidos políticos. Isso é algo que não vai dar certo. Seja quem for o próximo presidente da República, precisará assumir o cargo em um dia e no outro encaminhar uma reforma política para o Congresso, juntamente com as reformas da previdência e trabalhista”, finalizou.
Foto: Vagner Carvalho