Enquanto o Prefeito Arthur Neto faz turismo internacional, SEMED não fornece merenda escolar

No décimo quarto dia sem merenda na Escola Municipal Manoel Adriano, administrada pela gestão Artur Neto (PSDB), no ramal São Francisco, quilômetro 6 da Am 010, muitos estudantes ficaram com fome. Para aulas serem mantidas, a direção da escola pediram que os alunos levassem lanche, mas nem todos conseguiram.

A nutricionista ouvida pelo Observatório Manaus e que não quis se identificar temendo retaliação por parte da Prefeitura de Manaus, disse que as crianças devem se alimentar a cada três horas. “Ela estão em desenvolvimento, precisam de nutrição e fonte de energia. Se formos pensar que nem todas têm uma alimentação adequada em casa também, a situação é muito delicada”, disse, sobre a falta de merenda.

Segundo a professora Eglê Wanzeler, os alunos estavam tomando apenas ki-suco nesses últimos 14 dias. A professora disse que os gestores que não se alinham com a prefeitura de Manaus, sofrem retaliação e quem paga são as crianças.

Neste ano, serão investidos quase R$ 51 milhões em merenda escolar, sendo R$ 22 milhões vindos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), em conjunto com o Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas (MPC-AM), recomendou à Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Manaus que não renove o contrato com a empresa que fornece merenda às escolas da rede municipal de educação, a RCA Conservação e Limpeza, Construções e Comércio de Fardamentos Ltda. A recomendação foi expedida no dia 06 de junho de 2017 e tem como principal motivo os frequentes atrasos de pagamentos das merenderas e agentes de serviços gerais da empresa RCA, de até três meses, fato que, para o MP-AM, põe em risco a continuidade dos serviços de educação em Manaus.

Conteúdo do site Observatório Manaus