O delegado Rafael Guevara, titular do 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), falou na manhã desta quarta-feira, dia 11, durante coletiva de imprensa realizada às 10h30, no prédio do 16º DIP, sobre a prisão do casal Marineide do Vale Maia, 33, e Renildo da Cruz Teixeira, 37, envolvido em um esquema criminoso que desviou, aproximadamente, R$ 6 milhões de uma cooperativa médica.
De acordo com a autoridade policial, Marineide era supervisora financeira de um hospital particular localizado no Conjunto Parque das Laranjeiras, bairro Flores, zona Centro-Sul da cidade, unidade administrada pela cooperativa médica. Guevara explicou que a prisão do casal foi efetuada pela equipe do 12º DIP no início da noite de terça-feira, dia 10, por volta das 18h, na residência dois pais de Renildo, situada na Rua Jorge Marques, núcleo 16, bairro Cidade Nova, zona Norte da capital.
As prisões de Marineide e Renildo aconteceram em cumprimento a mandados de prisão preventiva, expedidos no dia 26 de setembro deste ano, pela juíza Eulinete Melo Silva Tribuzy, da 11ª Vara Criminal. Conforme Guevara, as investigações em torno do caso duraram três meses. Ele relatou que em junho deste ano Marineide, a assistente administrativa Silvia Borges Nogueira, 35, presa no último dia 28 de setembro, pela equipe do 12º DIP, o gerente financeiro do hospital, Flávio Lavareda Leão, 33, e o analista financeiro da unidade hospitalar, Diego da Silva Martins, 31, foram demitidos da cooperativa médica após um minucioso levantamento de dados de desvio de dinheiro da unidade.
“Uma auditoria interna no hospital identificou a fraude praticada pelos quatro funcionários, demitidos por justa causa. No setor de contabilidade foram constatadas diversas transferências de dinheiro para o Cadastro de Pessoa Física (CPF) de pessoas ligadas ao Flávio, Marineide e Diego. Essas transferências correspondiam a pagamentos fraudulentos para empresas fantasmas e, assim, o golpe chegou ao montante de R$ 6 milhões. Ao todo, sete pessoas estão envolvidas. Silvia, que trabalhava no hospital como assistente administrativa, bem como Marineide e o companheiro dela, foram presos. Quatro pessoas ainda estão foragidas”, declarou Guevara.
A autoridade policial relatou que Flávio, Marineide e Diego atuavam no esquema criminoso criando empresas fantasmas que deveriam prestar serviços ao hospital. Os pagamentos a essas empresas fictícias eram depositados pelos três ex-funcionários nas contas de Renildo e de outros dois envolvidos no esquema, o companheiro de Flávio, Alexandro Holanda do Nascimento, 37, e a esposa de Diego, Rita de Cássia Bentes Martins, 37. Renildo, assim como Alexandro e Rita de Cássia, não eram funcionários da unidade hospitalar.
O titular do 12º DIP enfatizou que a evolução patrimonial de Flávio, Marineide e Diego não era compatível com os salários deles. “Flávio, quando começou a trabalhar no setor financeiro do hospital, morava em uma quitinete alugada no bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste da cidade. Depois ele comprou um apartamento em um condomínio no bairro Ponta Negra, zona Oeste, onde foi feita uma ampla reforma e esse imóvel apresenta um padrão altíssimo de luxo. Diego e Rita de Cássia compraram e reformaram um apartamento no bairro Flores, zona Centro-Sul, considerado de alto padrão. Já Marineide e Renildo fizeram uma reforma luxuosa na casa onde moravam, no bairro Cidade Nova, zona Norte”, disse.
Flávio, Alexandro, Diego e Rita de Cássia, que estão sendo procurados pela polícia, já estão com as prisões preventivas decretadas. O delegado solicitou, a quem souber do paradeiro dos quatro procurados, entrar em contato com a equipe do 12º DIP, por meio dos números: (92) 3654-8306 ou 99962-4480. A autoridade policial assegurou o sigilo da identidade dos informantes.
Ao término dos procedimentos cabíveis, Marineide será encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF). Já Renildo será levado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).